681818171876702

Cuidado: Legalismo mata!

Leonardo Gonçalves

Para Jeílson, pastor de uma igreja muito ativa e crescente, o dia começou como tantos outros. Ao acordar pela manhã, ajoelhou-se ao pé da cama e orou. Logo à mesa do café, começaram as muitas preocupações: notícias da congregação que rejeitava o novo obreiro; problemas com o pedreiro na construção do templo; finanças apertadas. No pequeno alpendre da casa pastoral, mais de uma dezena de irmãos já aguardava aconselhamento. As necessidades eram as mais diversas: ajuda para internar o filho doente; a nova convertida, proibida de participar dos cultos, queria saber como contornar a antipatia do marido; um ancião precisava resolver a situação da aposentadoria... Jeílson enfrentava com certa naturalidade aquele amontoado de dificuldades; seu dia-a-dia já era assim há anos. Ele só não se preparara para a notícia que receberia ainda naquelas primeiras horas do dia. "Miriam, sua filha mais velha", relatou-lhe sua esposa, "cortou o cabelo".

Tudo, menos aquilo. Aturdido, sem acreditar no que lhe acontecera, Jeílson abandonou seus compromissos, deixou todos os irmãos esperando no alpendre e correu enfurecido pelo corredor até chegar ao quarto que ficava nos fundos da estreita casa pastoral. Miriam - constatou ele - aparara de fato as pontas do cabelo. Desde a infância de sua filha, Jeílson jamais permitira que uma tesoura tocasse nas mechas castanhas que agora, aos 18 anos de Miriam, já alcançavam a cintura. Totalmente descontrolado, Jeílson perguntou rispidamente, mas sem esperar resposta: "O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?".

Movido por uma ira descomedida, desafivelou o cinto, dobrou em duas voltas e bateu em Miriam até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Envolvido pela mesma ira com que a surrava, desabafou: "Não vou tolerar uma desviada dentro da minha casa. Enquanto você morar aqui, não vou admitir que corte seu cabelo novamente, você está me ouvindo?". Ainda ruborizado e com o coração acelerado, voltou ao alpendre para tratar dos seus assuntos ministeriais.

Duas horas depois, recebeu a notícia mais devastadora de sua vida: Miriam havia derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Jeílson correu mais uma vez, agora desesperado, e encontrou no mesmo quarto sua filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Miriam morreu no ambulatório de um hospital.

Embora os nomes e alguns detalhes da história sejam fictícios, ela é verdadeira. Aconteceu em alguma cidade do Brasil. Pior, ela se repete, claro que sem os mesmos extremos, quase todos os dias em alguma família evangélica brasileira. Retrata exatamente a severidade com que algumas denominações brasileiras encaram o problema dos usos e costumes

A narrativa acima é do livro de Ricardo Gondim, “É Proibido: O que a Bíblia permite e a Igreja proíbe”. Nela, vemos a que ponto o farisaísmo pode arrastar a alma humana. Baseado nesta história, desejo fazer algumas considerações acerca do legalismo:

O Legalismo engana. Muitos pensam que pelo fato de se vestirem de modo diferente e de abrir mão de um copo de cerveja, já comprararm a salvação! O que eles não percebem é que ao atuar assim, eles estão se auto-enganando. Ora, se a salvação é de graça e por meio da fé, então toda tentativa de propiciar a Deus no tocante a salvação é heresia e engano. É claro que o cristão deve procurar se vestir adequadamente, pois a santidade inclui sim nosso corpo, mas pensar que o fato de usar saia comprida ou não cortar o cabelo te faz mas santo que o teu irmão, é burrice. Santidade não é um conjunto de praxes exteriores: é uma vida com Cristo, refletindo ao mundo o seu caráter e atitudes.

O Legalismo cega. Tanto que o pai da moça, ao receber a notícia de que sua filha tinha cortado o cabelo, foi cegado por seu ódio xiita contra tudo aquilo que ele considerava mundanismo. Assim, armando-se de um falso zelo cristão, e ignorando totalmente o mandamento do amor, espancou gravemente a filha. Uma das maiores características do legalista é a ausência de misericórdia no seu coração. Observe o caso da mulher apanhada em adúltério, por exemplo: a turba enfurecida, além de expor a adúltera ao rídículo, arrastando-a pelas ruas da cidade, ainda queriam apedrejá-la até a morte, e tudo com respaldo bíblico! Tenho certeza que Jeílson, ao espancar sua filha, pensava que estava fazendo o correto e que era respaldado pela bíblia. Ele era um homem "da bíblia", e podia citar uma série de versículos em cadeia temática para justificar sua atitude, mas era incapaz de amar, compreender e simplesmente perdoar (ainda que, para fins práticos, sua filha não havia cometido nenhum pecado).

O Legalismo mata. Foi ele quem matou a jovem de 18 anos. Não quero entrar na questão do suicídio, e da salvação ou condenação da menina. Deixo isso aos meus amigos fariseus, que são verdaderos experts em teologia, principalmente no tocante a condenação de todos aqueles que não rezam segundo a sua catilha de usos e costumes estereotipados. O fato é que, no caso narrado, foi o legalismo quem desencadeou a série de eventos que deu origem a morte da jovem. Este é o caminho inevitável do legalismo: ele conduz a morte. Morre o pregador legalista, em seu equivocado senso de auto-justiça, com uma falsa idéia acerca de si mesmo. Morrem também os seus ouvintes, que acabam comprando essa falsa idéia acerca de Deus, sendo levados em multidão a crer no Deus errado.

Quantos jovens que, semelhantes à moça do texto, foram gravemente feridos na alma por causa de pregações legalistas, do tipo toma-lá-da-cá, nas quais a salvação é obtida mediante o esforço do crente, sendo obrigados a vestir-se como o talibã, tendo seus gostos, sua autonomia, personalidade e vontade claramente violadas, tudo por causa do achismo de pastores que se acham infalíves, que creem-se a última bolacha do pacote e a boca de Deus na terra? Há toda uma geração de desviados das igrejas por causa destas coisas. Hoje estão apartados de Cristo, perdidos no mundo, enfim, mortos! E foi a igreja (instituição) que os matou. A arma do crime? Farisaísmo!

Meus amados amigos, em especial os colegas pastores: não estou aqui como o infalível papa, o dono absoluto da verdade. Sei que erro muitas vezes, e em muitas coisas, e não peço subserviência a minha pessoa, nem que acatem incondicionalmente as minhas idéias. Este blog foi construído sob a égide do livre-pensamento iluminado pelo Espírito Santo, de modo que a intenção não é impor nada, e sim sucitar o debate acerca das nossas praxes eclesiásticas. Sei que algumas denominações possuem os tais usos e costumes como parte da sua tradição, mas entendo que, à luz da bíblia, a ênfase exagerada em tais práticas transformando-as em meios da graça é prejudicial e herética. Pastores: vamos repensar a nossa fé! A reforma não é obra acabada. Sempre há algo novo para aprender, refletir e mudar.



Também no Púlpito Cristão





Postar um comentário

  1. Caro Leonardo, a história supra mencionada deve ser pra nós mais um motivo de vergonha. Pessoas despreparadas e equivocadas com sua fé tem sido levantadas como líderes e divulgado seu fútil pensamento acerca de Deus e de Sua Palavra.
    Já era de se esperar que devido a isso, uma atitude insana levasse tal pai, mais preocupado com seu "mini"-stério que nunca, jamais chegaria a ser, do que preocupado com a comunhão com seus filhos.. A Igreja (instituição) está a beira de um colapso social... Líderes que se adoram dizendo adorar a Deus, e muitos liderados clamando por líderes dessa estirpe para mantê-los sufocados por suas regrinhas estereotipadas de comportamento, fala e vestimenta.
    Ahh, se esses religiosos conhecessem a Jesus, ficariam pasmos ao perceber o quanto estão longe d'Ele!!
    E, por fim, o tal pastorzinho "meia-boca" viu seu tão querido ministério acabar.. Por causa do cabelo da filha? Não, por causa da sua própria vaidade..

    Parabéns pela postagem!!

    ResponderExcluir
  2. Cuidado!
    LEGALISMO MATA - SERÁ?
    AOS CRÍTICOS DO CONSERVADORISMO RELIGIOSO

    Se ser exigente com os princípios que regem a fé e as práticas religiosas é LEGALISMO, eu faço esta escolha sem medo de estar me colocando no mesmo patamar dos Fariseus. Existem aspectos importantes dentro do tema que não podem ser abandonados, mas que foram desprezados pelos defensores da liberdade religiosa pregada nos quatro cantos do universo. A distância entre o coração e a mente é muito pequena biologicamente falando, mas no âmbito espiritual esta torna-se kilométrica. Muitos tratam o coração sem relacioná-lo com a mente ou cérebro, esquecendo que um depende diretamente do outro no que diz respeito à vida espiritual.

    A grande questão é que tem muita gente esperta, usando a desculpa de "não querer" ser legalista para liberar geral. Preferem a libertinagem espiritual a terem que mostrar qualquer objeção aos conceitos modernos de religião. Acendem uma vela para Deus e outra para o Diabo e tudo bem! Uns buscam uma religião “LIGHT”, outros “DIET”, pois não estão dispostos a pagar o preço real por uma vida comprometida de verdade com os valores expressos nas Escrituras. O “crucificado eu já estou com Cristo” não faz sentido, pois ele já pagou o preço e me deu liberdade TOTAL, argumentam os anti-legalismo.

    Vivemos um momento muito perigoso, onde o cristianismo relaxado domina, onde ninguém quer se opor a nada e tudo é permitido. Deixamos de olhar para Jesus Cristo como padrão, e passamos a adotar conceitos de homens que não têm qualquer intimidade com Deus, outros que visam apenas os seus interesses.

    A religião foi literalmente banalizada, e em nome de avanços tecnológicos, culturais e sociais os homens acharam mais conveniente adaptar a fé a estes conceitos do que abraçar a causa de fortalecê-los sobre o fundamento sólido, Cristo Jesus.

    É certo que a moderação é o melhor caminho, mas daí a atrelar com mundo em alianças escusas que comprometem o exercício da fé é outra conversa. Em nome da liberdade religiosa, tem muita gente falando e fazendo bobagem; pregando heresias que atropelam e ofuscam a beleza do Evangelho, levando o mesmo ao descrédito total como vemos hoje.

    Falamos de Jesus, confessamos que o adotamos como padrão para as nossas vidas, no entanto não estamos dispostos a praticar na sua profundidade, nem na sua extensão aquilo que ele praticou. O lado fácil da vida de Jesus nos interessa, assim usamos a desculpa das “Bodas de Cana” para justificar a nossa participação em qualquer tipo de bagunça patrocinada pela religião hoje. A desgraça que intitularam de “GOSPEL” transformou-se numa armadilha para que o culto e a adoração fossem deturpados, dando lugar a uma onda de estrelismo jamais visto na história do cristianismo.

    Na verdade o que os críticos do legalismo querem e lutam para implantar é uma religiosidade de formas, sem qualquer conteúdo; que preencha os vazios do bolso, do corpo e não da alma e do coração. Querem impor uma fé incapaz de mover até mesmo um grão de mostarda, voltada para o materialismo, em detrimento total da espiritualidade. Inferno para estes, não faz muito sentido e, via de regra, até defendem praticas que são claramente perpetradas nos seus laboratórios.

    O que na verdade precisamos é de um cristianismo autêntico, fundamentado nos ensinos Sagrados, despido de conceitos pessoais e da máscara religiosa que criaram para o evangelho hoje. Precisamos de homens comprometidos com o Evangelho e não com evangélicos; obcecados por conhecerem mais a Bíblia e não Israel ou as Terras Santas.

    Continua...

    ResponderExcluir
  3. Continuação...


    Em nome do “AMOR”(?) e eu não consigo ver qual, os homens estão demolindo o cristianismo, edificando sobre ele uma religião relaxada e desprovida de princípios, onde o que vale é a liberdade convertida pelo Diabo em libertinagem. A “DESCENCIA” e a “ORDEM”, regras básicas dos conceitos cristãos foram abolidas. O que antes era condenável, tornou-se aplicável depois da intervenção cirúrgica de Satanás na mente do homem, que anestesiou a alma e o coração, impedindo que os sentimentos de respeito e de reverência a Deus fossem postos de lado. Ser evangélico ou não, a diferença está apenas no título, pois em se tratando de comportamento as divergências inexistem, as práticas cristãs se equipararam as do mundo, e o vale tudo transformou-se em regra para o exercício da fé. Transformaram a IGREJA em clube; o CULTO em espetáculo; os PREGADORES em animadores de auditório; o LOUVOR em show onde quem aparece sistematicamente são os artistas, deixando o Espírito Santo num canto qualquer do palco; os MISSIONÁRIOS em curandeiros; a RELIGIÃO em um negócio mais rentável que a Bolsa de Valores - BM&F - e parece que não há nada de anormal nisto.

    Lamentavelmente o homem não busca a Deus pelo que ele é, e sim o que Deus pode lhe dar; os interesses são explícitos na onda de prosperidade que invadiu todas as camadas da vida religiosa, onde até o catolicismo embarcou nesta canoa materialista voltada para as necessidades terrenas da carne, mas que distanciam o homem do objetivo principal que é o céu.


    Carlos Roberto Martins de Souza
    Crms2casa@hotmail.com

    ResponderExcluir
  4. então experimenta viver com um filho drogrado recem desviado da igreja

    é fácil falar quando não se viver a situação

    ResponderExcluir
  5. Carlos Roberto,

    Não me dei ao trabalho de refutar a sua crítica no Púlpito Cristão, e muito menos me darei ao trabalho de fazê-lo aqui.

    A minha razão para ignorar o seu comentário é óbvia: Qualquer pessoa que, em seu exacerbado zelo pela religião, legitime a atitude covarde este pai hipócrita, não está sendo guiado pelo Espírito de Cristo. Quem assim o faz está cego, e só Deus pode abrir os olhos de alguém nessas condições.

    Jesus jamais se posicionaria do lado de um agressor, de um covarde. Além disso, a fé em Cristo é superior a qualquer pacto de obras, e a santidade por ele proposta está infinitesimalmente além das praxes estereotipadas, dos saiões, dos ternos com gravata, da proibição de usar barba e tantas outras praxes legalistas que são impostas duramente aos servos de Deus, sob a pretensão de aperfeiçoar o crente.

    Desejo sinceramente que Deus toque o seu coração, e que ele o faça de tal modo que te ensine a nunca tomar partido da agressão, mas amar o semelhante e enxergar além da "cerca denominacional".

    Em Cristo,

    Leonardo Gonçalves

    ResponderExcluir
  6. Pelo que pude compreender, o texto refere-se ao legalismo e faz uma crítica às atitudes extremas.
    Quero deixar um relato pessoal, antecipando que só não "apanhei" como a personagem do texto, porque meu pai não era pastor.
    Quando nasci, meus pais já eram convertidos e atuantes numa Assembleia de Deus, na zona rural, interior do Paraná.
    Meu pai era cooperador da Igreja, sendo assim meus irmãos e eu sempre tivemos obrigação em apresentar um comportamento modelo.
    Algumas coisas foram muito positivas, como não ficar andando durante o culto, participar dos momentos de oração e aprender a cantar e testemunhar, mas algumas repressões foram bastante marcantes.
    Para começar, minhas irmãs e eu nunca usamos calça comprida. Como eu era criança, em época de inverno, usava um pijama debaixo do vestido, porém minhas irmãs que já eram mocinhas, passavam frio.
    Nossos cabelos eram bem compridos...eu sempre usava tranças.
    Quando mudamos para o interior de São Paulo, a igreja tinha os mesmos costumes.
    Lembro-me que certa vez, no momento da revelação de um Amigo Secreto, um colega de classe disse: "a minha amiga secreta precisaria ganhar uma tesoura bem afiada". Ele disse isso em referência ao meu longo e despontado cabelo que nesssa época já atingia metade da coxa.
    Depois comecei a trabalhar na igreja e a responsabilidade com a aparência foi aumentando.
    Certa vez cortei só uma pontinha do cabelo e precisei pedir perdão à igreja (notem para quem foi a "ofensa") para poder participar da Santa Ceia. (Templo lotado, eu com quatorze anos, microfone na mão, de frente para os irmãos...dá para imaginar o constrangimento?).
    Foi uma situação bastante humilhante! Essa proibição levou-me a não cortar o cabelo por algunas anos, mas não tirou de mim o desejo de ter um cabelo bonito e normal.
    Cabelo comprido, além do normal, chama muito a atenção das pessoas. Então, meu cabelo estava sempre preso. Ele era tão longo que eu fazia uma trança, dobrava-a ao meio, colocava uma presilha e o seu comprimento chegava à cintura.
    O tempo passou, namorei, casei... e, aos poucos, algumas jovens da igreja começaram a cortar o cabelo. Houve, novamente um "blá, blÁ, blá" geral, mas em meio a esse tumulto eu também cortei...dessa vez não precisei pedir perdão, mas recebi inúmeros abraços das irmãs do Círculo de Oração, as quais em meio às lagrimas, solicitavam que eu me arrependesse e nunca mais voltasse a cometer esse pecado.
    Fui considerada "rebelde"...
    Depois tive pastores, na mesma Assembleia de Deus, que tinham discernimento da Palavra e bom senso e nunca mais se incomodaram com o cabelo das irmãs.
    Outra situação inusitada ocorreu quando meu noivo e eu fomos chamados em particular pelo pastor presidente regional e orientados a não filmar nosso casamento...percebam o grau de autoritarismo. Fomos impedidos de registrar um momento importante da nossa história.
    Esse fato escandalizou bastante nossos parentes, maioria católica.
    Em relação à calça comprida, passei a usá-la muito recentemente, após ter passado a congregar em outra igreja.
    Sei que é necessário ter equilibrio, mas essas proibições não agregam santidade e, muito menos, favorecem o conhecimento sobre Deus e Sua Palavra.
    Desse tempo, não guardo ressentimentos, mas não há como negar que já carreguei um fardo mais que pesado.

    ResponderExcluir
  7. É muito complicado falar de legalismo... O que significa legalismo?
    legalismo
    (legal + -ismo)
    s. m.
    1. Respeito à legalidade.
    2. Império da lei.

    O que atualmente tem sido chamado de legalismo, como o texto nos mostra, é a preocupação maior com leis do que com o amor e a fé, que pode levar pessoas ao extremo do, ironicamente, anti-cristianismo.
    Paulo falava muito sobre isso, por fim, ele concluiu que "Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida." (I Timóteo 1 : 5)

    Porém, o que infelizmente acontece é o fato de muitos que se dizem cristãos sempre usarem aquele jargão: "Deus só quer meu coração", a fim de justificar suas fraquezas. É fácil dizer "eu amo meus irmãos", é fácil amar da boca pra fora. Aliás, muita gente mal sabe no que consiste o amor... Não há nada mais difícil do que ter um amor de coração puro: nem mesmo viver sob os legalismos.
    Vejam:
    "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (I Aos Coríntios, 13)

    Vemos que não é de qualquer jeito que se serve a Deus, o amor não habita em qualquer coração.
    O legalismo não está certo, porquanto é algo exagerado. Porém ele é resposta ao liberalismo que muitos pregam - e está também errado.

    Não devemos viver nem sob a lei, nem sob o mundo - e essas são as maiores propostas evangélicas e católicas atuais - devemos viver sob a graça e o Espírito de Deus: aí sim o amor e a paz habitará em nós :)

    ResponderExcluir
  8. Equilibrio... bom senso... Estes velhos aferidores da moralidade funcionam muito bem quando aplicado ao cristianismo.

    A bíblia pode ser uma arma de morte, se não é usada com sensibilidade e bom senso.

    ResponderExcluir

ATENÇÃO: Comente usando a sua conta Google ou use a outra aba e comente com o perfil do Facebook

emo-but-icon
:noprob:
:smile:
:shy:
:trope:
:sneered:
:happy:
:escort:
:rapt:
:love:
:heart:
:angry:
:hate:
:sad:
:sigh:
:disappointed:
:cry:
:fear:
:surprise:
:unbelieve:
:shit:
:like:
:dislike:
:clap:
:cuff:
:fist:
:ok:
:file:
:link:
:place:
:contact:

Página inicial item