Marcha soldado, cabeça de papel
https://genizah-virtual.blogspot.com/2009/09/marcha-soldado-cabeca-de-papel.html
Há cerca de um quarto de século, um ministro anglicano no interior da Inglaterra, diante da divisão do Corpo de Cristo e do avanço do Secularismo, teve a feliz ideia de convidar colegas de outras igrejas para fazerem uma passeata pública como demonstração de unidade e expressão de fé. Já que a semana que precede o Dia de Pentecostes (no calendário das Igrejas Históricas) é dedicado à unidade dos cristãos, tal evento deveria acontecer sempre no sábado da semana anterior à festa dedicada ao Espírito Santo.
O evento foi denominado de “Marcha para Jesus”* e deveria ser espontâneo e informal. Organizações como a Jocum, a Primus e a Ichthtus compraram a ideia e em 1987 na cidade de Londres, promoveram o primeiro grande evento de massas. Em poucos anos a marcha se propagou por todo o mundo, arrastando multidões cada vez maiores, no que foi jocosamente chamado de “a procissão dos crentes”...
Como tudo no Brasil parece acabar em pizza, samba ou malandragem, eis que a nossa “Marcha” virou marca registrada, patenteada por uma esperta “denominação” pseudo-pentecostal de íntima convivência com o Poder Judiciário daqui e doutras terras. No Brasil a “Marcha” tem dono. Como é um evento único, e uma forma de peitar a sua concorrente, a “Marcha do Orgulho Gay”, muita gente tem participado dela, embora a reboque do “apóstolo”, da “bispa” ou de seus representantes.
E, o que é pior, um ato que em todo mundo é apartidário, aqui virou palanque para os políticos apoiados por seus organizadores, inclusive em ano eleitoral. Políticos a fim de faturar o voto evangélico e que fazem acordos com os seus organizadores, mas que, conforme seja, não teriam problema em subir nos trios elétricos da colorida marcha concorrente.
O falecido ex-presidente da França, general Charles de Gaulle, afirmou certa vez não ser o Brasil “um país sério” (o que muito nos ofendeu). Mas que às vezes parece que o velho general tem razão, isso parece.
Que Jesus não seja um pretexto, não tenha donos e não seja usado como cabo eleitoral! Cada dia marchemos unidos pelo Evangelho de salvação e transformação.
***
Robinson Cavalcanti é bispo é bispo anglicano da Diocese do Recife.
Foi sancionado no dia 3 de setembro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus, informa a Folha Online. O projeto de lei foi apresentado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e a comemoração acontecerá sempre no primeiro sábado 60 dias após o domingo de Páscoa.
Fonte: [ Ultimato ] via [BEREIANOS]
O evento foi denominado de “Marcha para Jesus”* e deveria ser espontâneo e informal. Organizações como a Jocum, a Primus e a Ichthtus compraram a ideia e em 1987 na cidade de Londres, promoveram o primeiro grande evento de massas. Em poucos anos a marcha se propagou por todo o mundo, arrastando multidões cada vez maiores, no que foi jocosamente chamado de “a procissão dos crentes”...
Como tudo no Brasil parece acabar em pizza, samba ou malandragem, eis que a nossa “Marcha” virou marca registrada, patenteada por uma esperta “denominação” pseudo-pentecostal de íntima convivência com o Poder Judiciário daqui e doutras terras. No Brasil a “Marcha” tem dono. Como é um evento único, e uma forma de peitar a sua concorrente, a “Marcha do Orgulho Gay”, muita gente tem participado dela, embora a reboque do “apóstolo”, da “bispa” ou de seus representantes.
E, o que é pior, um ato que em todo mundo é apartidário, aqui virou palanque para os políticos apoiados por seus organizadores, inclusive em ano eleitoral. Políticos a fim de faturar o voto evangélico e que fazem acordos com os seus organizadores, mas que, conforme seja, não teriam problema em subir nos trios elétricos da colorida marcha concorrente.
O falecido ex-presidente da França, general Charles de Gaulle, afirmou certa vez não ser o Brasil “um país sério” (o que muito nos ofendeu). Mas que às vezes parece que o velho general tem razão, isso parece.
Que Jesus não seja um pretexto, não tenha donos e não seja usado como cabo eleitoral! Cada dia marchemos unidos pelo Evangelho de salvação e transformação.
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Robinson Cavalcanti é bispo é bispo anglicano da Diocese do Recife.
Foi sancionado no dia 3 de setembro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus, informa a Folha Online. O projeto de lei foi apresentado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e a comemoração acontecerá sempre no primeiro sábado 60 dias após o domingo de Páscoa.
Fonte: [ Ultimato ] via [BEREIANOS]
Querido Danilo sou grato por sua visita ao meu blog, estamos aqui também para parabeniza-lo pelo trabalho inovador do Genizah.
ResponderExcluirRev.Francisco.
E o pior Danilo, é que no dia da marcha, eles alegam que Jesus vai estar só com eles, e que todos os que não forem estarão desobedecendo a ordem do mestre, vê se pode.
ResponderExcluirParabéns mais um maravilhoso artigo em seu blogger.
ResponderExcluirInfelizmente hoje em dia "todos" desejam estar ligado a algum movimento evangélico de grande expressão, sempre com segundas, terceiras e várias outras intenções inconfessáveis, mas graças a Deus por existir arautos como este blogger para os expor a luz da Verdade.
É isso.
Um forte abraço.
E ae Danilo,
ResponderExcluircomo sempre seu blog com bons textos, abraço ae cara!!
Depois me adiciona no msn
klebaodoidera@hotmail.com,
sou do blog Fabrica de ideias (klebaodoidera.blogspot.com)
Aqui, no DF, já presenciei em uma marcha que participei, há uns 10 anos, a disputa pelo microfone para cantar.
ResponderExcluirOu a demonstração da maestria na guitarra, impedindo que o próximo grupo se apresentasse.
Ou ainda pastores da AD dizendo, para todo mundo ouvir, que tal banda de rap, hip hop ou funk não ía cantar pois não era de Deus era do diabo.
Agora a marcha virou palanque de campanha eleitoral para o pleito do ano que vem.
Como o Bóris Casoy declara: "Isto é uma vergonha."