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Malandro é malandro, mané é mané



Renato Vargens

Um dos hits mais cantados no Brasil nas últimas semanas é a canção de Bezerra da Silva, Malandro é malandro, mané é mané. Nela, nitidamente encontramos uma clara apologia a típica malandragem que domina a cultura brasileira.

A canção em questão me fez lembrar uma propaganda vinculada em rede de televisão na década de 70, na qual o ex-jogador da seleção brasileira, Gérson era o protagonista. A propaganda dizia que certa marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras, e no final Gérson dizia:"Você também gosta de levar vantagem em tudo, certo?”

Com o passar dos anos a propaganda captou um elemento de identificação que estava no imaginário popular, acredita Maria Izilda Matos, historiadora e pesquisadora da boemia. O jargão usado na época se transformou então naquilo que hoje denominamos de lei de Gerson, a qual passou a funcionar como mais um elemento na definição da identidade nacional e o símbolo mais explícito da nossa ética ou falta dela.
Infelizmente nossa sociedade encontra-se tão adoecida, que para atingir os seus objetivos se faz "qualquer negócio" Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma síndrome, onde o que é importa é prevalecer sobre o outro, independente de que pra isso precisemos atropelar conceitos, princípios e vidas.

Caro leitor, como cristãos somos desafiados a não vivermos segundo as regras deste sistema. De maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossas vidas.

Na perspectiva bíblica jamais nos será permitido negociarmos o inegociável, nem tampouco, instrumentalizarmos as pessoas com vistas ao nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do reino nos motivam a vivermos uma vida justa, reta e equânime, onde nem sempre venceremos.

Pense nisso!

***
Fonte: Renato Vargens é pastor da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, conferencista e escritor.

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  1. É cultural, faz parte de todo um processo de um povo que foi massacrado e surrupiado através dos séculos.

    O povo brasileiro é um povo que não pega em armas. Na época em que a ditadura militar assolou a América Latina, no Chile os que eram contra foram aprisionados em estágios e desaparecidos; na argentina, as mães foram para as ruas aos prantos e fizeram vigílias na Plaza de Mayo, em Cuba pegaram em armas...

    E no Brasil uns gatos pingados, a maioria estudantes, saíram às ruas para protestar e pagaram com a própria vida.

    Os outros brasileiros fizeram piadas, porque o brasileiro é o único povo, que eu conheço, que ri da própria desgraça.

    Assim foi criado o "Pasquim" e vários programas de rádio e televisivos fazendo piadas da miséria humana.

    Esse é o povo brasileiro, um povo que sofre com senso de humor.

    Um povo que o que mais quer é viver com dignidade, para não se ver obrigado a levar vantagem, que nunca é em tudo; porque viver com salário mínimo não é vantajoso, é passar necessidade física e educacional.

    Jejum, meu amigo, é fácil fazer quando se tem comida; quando não tem, é passar fome mesmo, o que não faz de ser espiritual.

    É nessa realidade social que a igreja tem que sair do seu mundinho pequenino e limitado das suas denominações e fazer, cumprir o papel dela: salgar a terra, ser luz do mundo.

    E não adianta oferecer pão espiritual sem o pão material, porque a pessoa com fome rouba pra comer.

    Provérbios 6:30
    Não se injuria o ladrão, quando furta para saciar-se, tendo fome;

    7.Mateus 25:35
    Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;

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