REFLEXÃO BLOGSFERA: Apologética e coração corretos!
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“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados (...) com mansidão e temor”
(1 Pedro 3:15-16)
Quando ministramos na área de apologética, nós o fazemos como discípulos de Jesus, e, portanto, da maneira como Ele o faria. Isso significa, primeiramente, que nós o fazemos para ajudar pessoas, especialmente àqueles que querem ser ajudados. Apologética é um ministério de ajuda.
No contexto de 1 Pedro 3:8-17 os discípulos estavam sendo perseguidos por sua dedicação em promover a bondade. De acordo com o que Jesus os tinha ensinado, tal perseguição deveria ser fonte de regozijo. Essa atitude fazia com que os observavam a questionassem como os discípulos podiam estar esperançosos e alegres em tais circunstâncias. Num mundo irado, desesperançado e triste, essa questão era inevitável.
A exortação de Pedro
Nossa apologética, assim, é feita como um ato de amor fraternal, sendo “prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16). A sabedoria da serpente está em ser oportuna, baseada em observação vigilante. A pomba, por sua vez, é incapaz de falsidade ou de enganar alguém. Assim devemos ser.
Amor àqueles com os quais lidamos será necessário para que os compreendamos corretamente e para que evitemos manipulá-los, ao mesmo tempo que desejamos e oramos intensamente para que reconheçam que Jesus Cristo é o Senhor do cosmos.
O amor também nos purificará de todo mero desejo de vitória, como também de toda presunção intelectual ou desdém para com as opiniões e habilidades dos outros. O evangelista para Cristo é caracterizado pela humildade (Colossenses 3:12; Atos 20:19; 1 Pedro 5:5), principalmente intelectual – um conceito vital do Novo Testamento que a palavra humildade por si só não expressa totalmente.
Deste modo, a chamada ao ministério de apologética não é para forçar pessoas relutantes à submissão intelectual, mas uma chamada na qual servimos aos necessitados, e, freqüentemente, àqueles que são escravos de seu próprio orgulho e presunção intelectual, muitas vezes reforçada pelo ambiente social.
Em segundo lugar, nós fazemos o trabalho de apologética como servos incansáveis da verdade. Jesus disse que Ele veio “ao mundo a fim de dar testemunho da verdade” (João 18:37), e Ele é chamado “a testemunha fiel e verdadeira” (Apocalipse 3:14).
É por isso que temos “temor” quando ministramos. A verdade revela a realidade, e a realidade pode ser descrita como aquilo com o qual nós humanos nos deparamos quando estamos errados. Quando ocorre tal colisão, sempre perdemos.
Enganos com relação à vida, às coisas de Deus e à alma humana são assunto seriíssimos, mortais. É por isso que o trabalho de apologética é tão importante. Falamos “a verdade em amor” (Ef. 4:15). Falamos com toda a clareza e racionalidade que podemos demonstrar, ao mesmo tempo contando com o Espírito da verdade (Jo. 16:13) para realizar aquilo que está muito além de nossas habilidades limitadas.
O ponto comum de referência
A verdade é o ponto de referência que compartilhamos com todos os seres humanos. Ninguém pode viver sem a verdade. Ainda que possamos discordar em pontos específicos, a fidelidade à verdade – seja ela qual for – permite que nós nos relacionemos com qualquer pessoa como honestos companheiros de investigação. Nossa atitude, portanto, não é de divisão, mas de agregação. Estamos aqui para aprender, e não somente ensinar.
Assim, sempre que for possível – ainda que por vezes, devido aos outros, não seja – nós “respondemos” numa atmosfera de investigação mútua, motivada pelo amor generoso. Ainda que possamos ser firmes em nossas convicções, não nos tornamos arrogantes, desdenhosos, hostis ou defensivos.
Por sabermos que o próprio Jesus não agiria assim, temos que reconhecer que não podemos ajudar pessoas de uma maneira arrogante. Ele não tinha necessidade disso, e nós também não. Em apologética, como em tudo, ele é nosso modelo e Mestre. Nossa confiança reside totalmente nele. Esse é o lugar especial que damos a Ele em nossos corações – a maneira com a qual “santificamos a Cristo como Senhor em nossos corações” – no ministério crucial de apologética.
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Dallas Willard, Ph.D., é professor de filosofia na Universidade da Califórnia do Sul (University of Southern California) e autor de vários textos filosóficos, além de livros sobre apologética e sobre discipulado cristão.
Fonte: Fonte: AGIR Agência de Informações Religiosas. Publicado em dLIVEr Blog. Tradução e adaptação: Marcelo Parga de Souza
Meu querido irmão bela postagem!
ResponderExcluirO cristianismo, infelizmente, vive em crise.
Um câncer devora a Igreja de Cristo, pois as pessoas que se intitulam "Cristãs", pouco sabem a respeito do Verdadeiro Cristianismo.
Formatam em sua mente um Cristo histórico pregado numa cruz, quando o correto seria tê-lo como Senhor e Salvador.
Forte abraço Pr Elder
http://eldersacalcunha.blogspot.com
Nao entendo sobre o assunto apologetica. Sou sincera em dizer.
ResponderExcluirNao tenho textos eloquentes e cheios de palavras complicadas, prefiro a simplicidade de palavras corriqueiras.
Nao aprovo certos comportamentos de pastores e ministros mas nao acho que o melhor caminho seja destilar palavras feroses contra tais pessoas. Talvez meu comportamento seja assim por nao reconhecer como ministerio para mim a apologetica, talvez nao. Eu vou por aqui, seguindo o caminho do mestre que nos ensina acima de tudo a amar o proximo sendo amigo ou inimigo. Nada contra meus queridos amigos apologetas que fiz na blogosfera, respeito-os e muito.
Essa postagem em especial me chamou a atençao por eu entender ser essa a verdadeira missao da apologetica.
A paz irmao Danilo, Deus continue te abençoando.
É muito bom o texto, devemos realmente exortar com amor; acontece que na maioria das vezes a pessoa exortada se sente ofendida, atingida e até agredida verbalmente.
ResponderExcluirSe tal pessoa agisse com embasamento na Palavra de DEUS, isso não aconteceria, ela perceberia que realmente errou e voltaria ao primeiro amor.
Mas a maioria já começou o ministério sem estar firmado na rocha que é JESUS. Sem pregar o verdadeiro evangelho, e também interessando em enriquecimento ilícito.