JOGANDO PARA A PLATEIA
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Diz-se que algum jogador, quando faz firulas demais, joga para a platéia. Jogar para a platéia dá a idéia de enganação, de enrolação, de esconder os reais motivos e interesses. Enfim, angariar simpatia, manter-se sempre em evidência, fazer média, custe o que custar.
No meio gospel em que alguns ainda teimam em querer viver, há uma grande profusão de indivíduos que só sabem jogar para a platéia. Há várias e incontáveis pessoas, autodenominadas de “liderança”, que simplesmente são baratas tontas que teimam em vender a imagem de cristãos exemplares. Pessoas nas quais o Crucificado nem chegou perto, mas que gostam de expor a imagem de servos dEle, quando na verdade apenas usam Seu nome para angariar prestígio e acalentar a consciência cauterizada.
Valdomiro Santiago joga para a platéia. Quer passar a imagem de líder forte, intrépido, que amaldiçoa o Ratinho e que faz até chover. Não importa se, no passado, foi pego pela polícia com escopeta no portamala no Rio de Janeiro; não importa se seus métodos são completamente pagãos e neomedievais; o que importa é o que a platéia deseja. E ela adora.
Edir Macedo joga para a platéia. Passa a idéia de homem de Deus, bonachão (seus discursos são sempre calmos e pausados), que sempre tem uma palavra amiga para os tempos de dificuldade. Como a memória do brasileiro é curta, não se lembra de seus métodos de arrecadação “heterodoxos” na base do “ou dá ou desce”. E como, via de regra, o crente brasileiro comum não possui senso crítico (pensar é pecado!), engole esta imagem de pretenso homem de Deus.
Malafaia não joga para a platéia. Ele joga, na verdade, para a alcatéia, já que os que concordam com seu destempero, sua grosseria, seu individualismo exacerbado, sua incoerência e sua ganância desmedida por dinheiro e poder são tão lobos quando ele. Ele fala para os seus, que são cada vez mais numerosos no meio gospel. Apresenta uma mensagem que não necessita de arrependimento e nem de conversão; apenas de boa vontade em querer ficar rico e se dar bem às custas de Deus.
A mais recente aquisição para este time de gente que joga para a platéia é Ricardo Gondim. Destacou-se bastante na mídia gospel por seus livros (que não resistem a uma segunda leitura), mas menos por seus méritos e mais porque a média dos escritores brasileiros é ruim. Recentemente, cometeu atrocidades em uma entrevista à revista CartaCapital, dizendo apenas platitudes que o povo gosta de ouvir, como sendo favorável aos direitos civis dos gays e que o Brasil é um estado laico. Coisas que até minhas filhas de 6 e 9 anos já sabem. Afirmou também não suportar o pragmatismo que há nas igrejas e que é importado dos Estados Unidos, afirmação que considerei estranha vindo de alguém que deve sua formação teológica ao Genesis Training Center, nos EUA. Abraçando com todo amor a bobagem da teologia relacional, negou o Deus bíblico na entrevista, confundindo soberania de Deus com predeterminismo fatalista. Tudo bem, coerência não é seu forte. E, ao ser desligado do quadro de articulistas da revista Ultimato, ainda cuspiu no prato que lhe deu visibilidade, posando de mártir dos direitos gays entre os evangélicos, sendo comparado a Rubem Alves por alguns comentaristas! Menos, bem menos, quase nada. Rubem Alves tem qualidades literárias e intelectuais que inexistem em Gondim, e qualquer comparação é desmedida e uma jogada para a platéia.
Há uma platéia que deve nos ver. Não é grande, mas nos conhece inteiramente. Conhece nossa motivação, nossos medos e nossas angústias. É feita de apenas uma/três Pessoa(s). não é possível enganar tal platéia. E é para esta platéia apenas que devemos jogar.
Digão é da turma do Genizah
Meus Deus, fiquei sem palavras diante de algo tão sincero e forte e carregado de verdade e Amor! não é só um texto, é um "pingo nos is" com nome e sobrenome como alguém que tem coragem de denunciar sempre deveria usar!
ResponderExcluirum Abraço em Cristo mano Digão, se eu escrever muito mais coisa, irei literalmente "encher linguiça", só lembrando que os nomes citados são somente os que estão em evidência, há muitos que se identificam com os perfis dos "Jogadores para a Platéia" mas, vivem no anonimato
Daniel Brianese
@DanBrianese
Joga bonito (antiga campanha da NIKE).
ResponderExcluirEstupendo! Quando o Genizah acerta, o gol é de placa.
ResponderExcluirJoga Bonito! [2]
ResponderExcluirDepois que eu ler e meditar as obras de Jurgen Moltmann, Paul Tillich, soren kierkegaard, e vários teólogos latinoamericanos e não ficar apenas com a teologia clássica, poderei ter condições de criticar Gondim.
ResponderExcluirFábio
Excelente artigo! Parabéns pela maravilhosa, saudável e espiritual reflexão. Deus te abençoe!
ResponderExcluir(Raquel)
Quem é Digão ?
ResponderExcluirConheço Ricardo Gondim que prega o Evangelho há décadas nesse país.
Pra pensar conforme o sistema é mole, quero ver ousar pensar fora da caixa, sem agredir o espírito bíblico.
Digão ao criticar seus pares, indiretamente acabar por se considerar superior.
Mas quem é Digão ?, com todo respeito, não me jogue na fogueira, esses tempos acabaram, mas a crítica é o risco pra quem senta na cadeira de Moisés para julgar os seus pares.
O pau que dá em Gondim, também é pra dá em Digão.
Mauro Silva de Cabo Frio
Digão,
ResponderExcluirJogar para a platéia é fazer o gosto da platéia. Você tentou encaixar, ou melhor, forçar o Ricardo Gondim nesta sua analogia, porém ela foi equivocada. Se o Ricardo Gondim fosse jogar para a platéia, ele jamais daria as declarações e continuaria na revista ultimato, fazendo o mesmo discurso que todos fazem. Porém suas declarações foram corajosas e sinceras, mesmo sabendo que iria contrariar a massa evangélica, que não está acostumada a discutir idéias. Veja por exemplo seu texto: Incluir Ricardo Gondim em um texto, no mesmo patamar de Valdomiro, Macedo e Malafaia !?!?!?!?! Quem aqui está jogando para a platéia.
Não digo que concordo com tudo que o Gondim diz, porém consigo manter seus argumentos no campo das idéias.
Lamentável foi sua cruel e irresponsável comparação.
Abraço
Robson
Aí sobrou o Caio Fábio com seu evangelho ético, onde não prega arrependimento, mas como transformar o pecador em pecador ético, pode até adulterar, desde que seja uma traição honesta e sincera!
ResponderExcluirE os padres gospel, com suas liturgias que não produzem nada além de sono!
E JESUS, o único que pode nos salvar disso tudo!
Quero expressar minha humilde opinião esboçando uma declaração que não é minha, mas que retrata muito aquilo que penso de tudo isso.
ResponderExcluir"Não arrisque a unidade familiar ou dos amigos. Não discuta religião, política e futebol. São assuntos que mobilizam interesse e emoção intensos com muita paixão e pouca racionalidade." - Sir.Hob
Analisando sob está ótica, penso que:
"Julgar com paixão, mesmo que tomado de razão, pode revelar presunção!"
Jogar para a platéia é também criticar a obra de alguém sem apresentar fatos nem argumentos racionais. Acho que o Rev. Digão fez um belo discurso vazio de mercador do templo, sem embasamento nem argumento lógico ao criticar o Gondim.
ResponderExcluirPor mais que o Rev. possa discordar do pensamento teológico do Gondim, não demonstrou um pingo da elegância e sabedoria do mesmo ao saber lidar com as diferenças de pensamento da nossa sociedade e da cultura evangélica. Isso pra mim seria demonstrar melhor o Espírito do que qualquer outra coisa.
Lamentável termos pessoas que ainda agem dessa forma, acho que o Rev. é que está se jogando para a platéia. Se o sr quiser criticar, oque é um direito, critique com fatos, argumentos, filosofia, teologia ou qualquer logia que seja, mas que seja algo mais do que as suas preferências pessoais. O que passa disso não tem nada de construtivo. É vento.
Igor Costa
Digão, achei muito legal o que você escreveu. Sensato e coerente. Só discordo com relação ao Gondim. Não acho que ele está jogando para a platéia. Ao contrário disso, perdeu muito dos seus admiradores ao ser honesto quanto aquilo que acredita.
ResponderExcluirE creio que devemos respeitá-lo nesse sentido. Colocá-lo no mesmo bolo dos demais, ao meu ver, é ser, no mínimo, injusto.
Parabéns pelo texto!
Estou de acordo sim. Infelizmente jogar para a platéia é comum em homens que não estão preocupados em transmitir o que recebem de Deus, mas aquilo suas mentes doentias vai produzindo. Seja em troca do dinheiro, da fama, ou meramente ter seu nome lembrado. A mentira, as bravatas, a autocomiseração fazem parte deste espectro horrível de pensadores, pregadores e líderes que fisgam as mentes incautas de seus leitores ou seguidores.
ResponderExcluirOs bons escritos, as boas mensagens e o suposto poder de muitos não os credenciam a estarem acima das críticas.
Parabéns.
Infelizmente quem defende esta turma, defende justamente porque não pensam fora da caixa. Foram aprisionados e levados pelo engodo que eles são.
Waldir Martins.
Só para constar plateia não leva mais acento agudo... Simone
ResponderExcluirDigão, Pode se não concordar com o pensamento do Ricardo, porém sem dúvida ele é um dos grandes pensadores teológicos de nossa época.
ResponderExcluirPelos comentários acima pode se notar que sua comparação não foi feliz.
Colocar o Ricardo Gondim no mesmo saco do Malafaia, Valdomiro e Edir Macedo? Você tá de sacanagem!
ResponderExcluirQuantos Gondimonianos !!!! Caramba !!! O homem e tão prepotentes e donos da verdade que não admitem ouvir outra verdade que não seja a sua com medo de descobrir que a sua, não era tão verdade assim. O cego sempre guiará outro cego. Lembro-me que os israelitas consideravam o nome sagrado demais para ser pronunciado. Sempre que precisavam dizer Yahweh, substituíam-no pela palavra Adonai, que significa “Senhor” em hebraico. Se o nome precisava ser escrito, os escribas tomavam um banho antes de escrevê-lo e destruíam a caneta depois de o haverem feito. Pelo simples fato do temor da blasfémia. Hoje vejo homens cuspindo na palavra e ridicularizando os textos. Com uma exegese antropocêntrica e sem nenhum temor.
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