Quando alguém ouve vozes, vê vultos e se torna ateu
http://genizah-virtual.blogspot.com/2011/06/quando-alguem-ouve-vozes-ve-vultos-e-se.html
Hélio
O vídeo abaixo deve ser visto e ouvido com todo o cuidado e respeito
devido a quem se expõe desta maneira e relata de forma corajosa e
aparentemente sincera o problema que enfrentou (e continua enfrentando).
O rapaz era mórmon (o que não é exatamente sinônimo de "cristão")
quando começou a ouvir vozes e ver vultos, e não encontrou solução na
sua religião, depois foi a uma sessão de umbanda (onde grotescamente lhe
recomendaram que comesse menos feijão à noite para não ter pesadelos) e
chegou a cogitar uma visita à igreja universal, mas estava convencido
de que eles só queriam o seu dinheiro e rejeitou de plano concretizar a
ideia. Após muito sofrimento e quatro tentativas de suicídio, foi
diagnosticado como tendo transtorno bipolar e, a partir daí, buscou
orientação médica adequada, passou a tomar remédios controlados e se
tornou ateu. Aliás, por isso mesmo é preciso fazer um reparo no título
do vídeo, "Como um ateu lida com espíritos": o jovem em questão NÃO era
ateu quando começou a ouvir vozes e ver ectoplasmas. Isto é também um
alerta para que tanto crentes como descrentes, ao passarem por essas
experiências inusitadas, tenham o bom senso de buscar a ajuda
especializada de um psiquiatra.
Ainda que se deva ouvir o que o rapaz diz com o respeito que lhe cabe, o vídeo deixa claro que a característica marcante do ateísmo que se diz "moderno" (ou "neoateísmo") é justamente a sua generalização, o que não deixa de ser um contra-senso, já que a antítese da religião a que se apegam - a ciência -, tem na especificidade (metodológica) uma de suas características definidoras. Se é verdade que muitos charlatões religiosos exploram problemas psiquiátricos atribuindo-lhes a condição de "espirituais", também é verdade que ninguém se torna ateu única e exclusivamente por ter transtorno bipolar, ou por não encontrar na religião uma solução para o seu problema. Em síntese, respeitada a peculiaridade de cada caso, não se deve - necessariamente - deixar os remédios por causa da religião, nem deixar a religião por causa dos remédios. Não existe uma relação intrínseca de causalidade, contradição, aversão ou mútua exclusão entre medicina e religião. Transtornos psiquiátricos, ainda que tenham - muitas vezes - referências religiosas, independem de crença ou fé, e há pessoas crentes que enfrentam o problema com toda a dignidade. Para muitas delas, a religião funciona inclusive como uma terapia de suporte, o que certamente não vale para outras pessoas, e por isso mesmo não se deve generalizar diagnósticos e tratamentos, algo que muitos ateus nem percebem que fazem, pois talvez estejam - por exemplo - oferecendo a "solução milagrosa" do ateísmo para a esquizofrenia, o que só faz sentido (ainda que equivocado) no contexto místico de uma religião qualquer. É importante insistir à exaustão que a especificidade de cada caso - grave como este - deve ser examinada por um médico habilitado para tanto, e jamais pode ser negligenciada a troco de qualquer tipo de generalização, seja ela religiosa, filosófica ou materialista.
Aliás, isto serve também para demonstrar como o neoateísmo está se transformando em uma "neo-religião" nem tão nova assim, como já comentamos no texto "Seria o neoateísmo uma antiga religião?". O depoimento do rapaz funciona como um "testemunho" de sua "conversão" aos demais não-crentes, exaltando os benefícios do não-crer. Ainda que seja, do ponto de vista humano, melhor do que muitos depoimentos fabricados sobretudo nos programas evangélicos na TV, não deixa de ser um testemunho para animar os seus irmãos de descrença. De qualquer maneira, independentemente do fato do rapaz ser ateu ou não, somos todos humanos, e fazemos os melhores e mais sinceros votos de que ele se cuide bem e tenha uma ótima e produtiva vida sem qualquer tipo de transtorno. Resumo da ópera: se você ouve vozes e/ou vê vultos, independentemente do que você crê ou não crê, procure um bom psiquiatra, que é o profissional indicado para avaliar o quanto a sua lucidez está comprometida (ou não) e lhe prescrever o melhor tratamento para o seu caso específico. Não é vergonha alguma, e - devidamente tratado - você pode continuar sendo religioso, ateu ou "tô nem aí" com toda a qualidade de vida que um ser humano merece e pode ter.
Ainda que se deva ouvir o que o rapaz diz com o respeito que lhe cabe, o vídeo deixa claro que a característica marcante do ateísmo que se diz "moderno" (ou "neoateísmo") é justamente a sua generalização, o que não deixa de ser um contra-senso, já que a antítese da religião a que se apegam - a ciência -, tem na especificidade (metodológica) uma de suas características definidoras. Se é verdade que muitos charlatões religiosos exploram problemas psiquiátricos atribuindo-lhes a condição de "espirituais", também é verdade que ninguém se torna ateu única e exclusivamente por ter transtorno bipolar, ou por não encontrar na religião uma solução para o seu problema. Em síntese, respeitada a peculiaridade de cada caso, não se deve - necessariamente - deixar os remédios por causa da religião, nem deixar a religião por causa dos remédios. Não existe uma relação intrínseca de causalidade, contradição, aversão ou mútua exclusão entre medicina e religião. Transtornos psiquiátricos, ainda que tenham - muitas vezes - referências religiosas, independem de crença ou fé, e há pessoas crentes que enfrentam o problema com toda a dignidade. Para muitas delas, a religião funciona inclusive como uma terapia de suporte, o que certamente não vale para outras pessoas, e por isso mesmo não se deve generalizar diagnósticos e tratamentos, algo que muitos ateus nem percebem que fazem, pois talvez estejam - por exemplo - oferecendo a "solução milagrosa" do ateísmo para a esquizofrenia, o que só faz sentido (ainda que equivocado) no contexto místico de uma religião qualquer. É importante insistir à exaustão que a especificidade de cada caso - grave como este - deve ser examinada por um médico habilitado para tanto, e jamais pode ser negligenciada a troco de qualquer tipo de generalização, seja ela religiosa, filosófica ou materialista.
Aliás, isto serve também para demonstrar como o neoateísmo está se transformando em uma "neo-religião" nem tão nova assim, como já comentamos no texto "Seria o neoateísmo uma antiga religião?". O depoimento do rapaz funciona como um "testemunho" de sua "conversão" aos demais não-crentes, exaltando os benefícios do não-crer. Ainda que seja, do ponto de vista humano, melhor do que muitos depoimentos fabricados sobretudo nos programas evangélicos na TV, não deixa de ser um testemunho para animar os seus irmãos de descrença. De qualquer maneira, independentemente do fato do rapaz ser ateu ou não, somos todos humanos, e fazemos os melhores e mais sinceros votos de que ele se cuide bem e tenha uma ótima e produtiva vida sem qualquer tipo de transtorno. Resumo da ópera: se você ouve vozes e/ou vê vultos, independentemente do que você crê ou não crê, procure um bom psiquiatra, que é o profissional indicado para avaliar o quanto a sua lucidez está comprometida (ou não) e lhe prescrever o melhor tratamento para o seu caso específico. Não é vergonha alguma, e - devidamente tratado - você pode continuar sendo religioso, ateu ou "tô nem aí" com toda a qualidade de vida que um ser humano merece e pode ter.
De uns tempos para cá eu ficava com muito receio quando eu via as atrocidades praticadas em nome de Deus por aqueles que se dizem igreja de Deus sem de fato o serem. Não sabia explicar o motivo de eu ficar tão incomodado por ver coisas como as que o Terra Nova, Malafaia, Edir Macedo, Lanna Holder e centenas de anônimos de todas as matizes teológicas fazem que trazem vergonha ao Evangelho.
ResponderExcluirSão pastores ecumênicos, pastores curandeiros, pastores agentes financeiros, pastores militantes da causa LGTB, tudo em nome de Deus e de seu amor.
Hoje ficou mais claro para mim o motivo de tanta inquietação: como resultado as pessoas estão simplesmente descrendo. Descrendo em líderes, em instituições, na Igreja e sua mensagem e por fim, descrendo em Deus.
Espero poder fazer parte de um remanescente que mantém a chama acesa.
Valeu.
... e o amor de muitos esfriará...
ResponderExcluirQuem vê vultos, ouve vozes não precisa procurar psiquiatras. Jesus é a nossa libertação. Quando não era evangélica, antes de pegar no sono, eu ouvia muitíssimas vozes perto do meu ouvido - como se fôsse uma reunião de pessoas. Custava a dormir. Tinha insônia. Precisando ir a IURD uma certa vez, pois fui buscar um lenço ungido para um familiar meu, acabei pisando pela primeira vez nessa igreja, que naquele momento faziam oração já no final do culto. Não sei porque eu chorei, então um obreiro impôs as mãos sobre mim e orou por um tempo. Ao término da oração fui curada de uma dor que sentia todos os dias no pulmão, e chegando a noite daquele dia, dormi muito, e, a partir dalí, nunca mais ouvi aquelas vozes nos meus ouvidos daquela maneira.
ResponderExcluirHoje sou cristã a muitos anos, e posso ver aquilo que de ruim mandam prá mim - vejo a ciranda terrível do inimigo - mas Deus sempre me dá o livramento - como posso ver a Sua guarda, através dos seus anjos. Nunca precisei de psiquiatras. Jesus é especialista em cuidar de nós. Agora, há aqueles que tem alucinações, que não tem nada a ver com o mundo espiritual, que pode ser doença mesmo, mas a maior parte desses casos são de origem espirituais. Há muitos anos atrás, li um livro de um médico psiquiatra alemão que se tornou missionário de Jesus. Ele viajou por muitos países fazendo trabalho de libertação. Em seu livro ele escreveu que 60 por cento dos loucos que estão nos hospícios, tem as suas loucuras causadas pelas ações diretas do inferno. Em Cristo, irmã donguinha.
Quando os problemas dessa natureza começam a acontecer na vida de uma pessoa, o primeiro passo é procurar uma igreja que faz oração de libertação, se não houver melhoras, então procura-se um médico. Assim agiria. A maioria das vezes, quando se recorre a Jesus, não é preciso ir ao psiquiatra, pois há libertações, sim. Mas quero também deixar registrado aqui, um assunto interessante que li sobre uma jovem americana, que ficou louca, e a família recorreu a um vidente chamado Edgar Cayce, que apesar de ter sido evangélico, mas parecia um novaerino, pois era usado de maneira estranha. Então Cayce orientou a família, que o último dente da moça que ficou louca de repente, fôsse arrancado, pois estava atingindo a coluna e fazendo o distúrbio mental. A família a levou ao dentista, e ela foi sarada da loucura. Há certos medicamentos, drogas que podem levar as pessoas a terem visões. Abs. donguinha
ResponderExcluirEle não confessa, mas creio que apertava algum baseado estragado.
ResponderExcluirELE NÃO CONFESSA...MAS ACHO QUE DAVA UNS "TIROS" TAMBÉM
ResponderExcluirParabéns universal mais um fruto de vcs...
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