Cristãos x Gays: Colocando os pingos nos is
http://genizah-virtual.blogspot.com/2011/05/cristaos-x-gays-colocando-os-pingos-nos.html
Thiago Lima Barros
O brilhante artigo do Rev. Carlos Moreira, publicado recentemente neste blog, fez um verdadeiro corte epistemológico, prudente e bíblico, ao adotar uma posição verdadeiramente bereana no debate da tensa relação cristãos x homossexuais: a lei da cidade terrena (“Dai a César o que é de César”) nem sempre vai coincidir com os ditames da Cidade Eterna (“Dai a Deus o que é de Deus”).
Por mais que possa parecer uma “traição” para alguns, reconhecer direitos aos gays é algo que está fora do âmbito eclesiástico, sendo um assunto de Estado. Aliás, se como cristãos nós prezamos pelo respeito à vida e à dignidade humana, por que deixaríamos de fazê-lo com relação a uma classe de pessoas, alijando-as de forma arbitrária a direitos que são seus por força de mandamento constitucional? Sim, a prática homossexual jamais perderá seu caráter pecaminoso à luz da Bíblia, mas ninguém pode ser privado de sua cidadania por conta disso. Ou nós compactuaríamos de modo farisaico com a desobediência ao ordenamento jurídico brasileiro? Cumpra-se a lei, oras!
Aliás, não são apenas os homossexuais que se aproveitam da laicidade do Estado Brasileiro. Nós, protestantes, talvez sejamos os maiores beneficiários do fim da confessionalidade romanista em nosso país.
Na ordem constitucional do Império, quando a Igreja Católica Romana era o culto oficial da Terra de Santa Cruz, no regime legal conhecido como padroado, as demais religiões sofriam de duas maneiras. A primeira, no plano jurídico, com uma série de restrições às suas atividades, sendo a mais notória a constante do art. 5º da Constituição de 1824: “Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo”.
A segunda, na esfera da antijuridicidade, com as perseguições levantadas pelos chefetes locais, sacerdotes romanistas ou não, contra os pregadores de outras confissões, que vitimaram muitos cristãos, inclusive o Rev. José Manoel da Conceição, primeiro brasileiro a ser ordenado pastor presbiteriano.
O próprio advento da República, que separou Igreja e Estado ainda em 1890, antes, portanto, da promulgação da primeira carta magna republicana, não foi capaz de estancar essa perseguição oficiosa, que se intensificou ainda mais contra os pentecostais. Os anais das Assembleias de Deus, por exemplo, estão juncados de exemplos tristes de violência contra os crentes pioneiros, mormente aqui no Nordeste, estimulados por pessoas sem respeito nenhum por Deus, pelo próximo ou pela lei. Fora isso, os presbíteros e prelados romanos se imiscuiam em demasia nos negócios públicos, no que o padre Cícero Romão Batista é triste exemplo, com a conivência de coronéis reacionários, os quais eram, ao menos nominalmente, membros devotos das falanges católicas.
Mas a tenacidade desses homens e mulheres valentes, instilada por ninguém menos que o Espírito Santo, aliada ao fim da preferência oficial do Estado Republicano por uma confissão em particular, fez as igrejas evangélicas crescerem, florescerem e se espraiarem por todos os recantos da nação. A Pax Republicana, mesmo com incidentes dignos de nota como os apontados acima, até hoje nos tem garantido uma liberdade sem precedentes, nesses 511 anos de história nacional, para que preguemos o Evangelho do Reino. O Estado não intervém em nenhuma igreja, a não ser para verificar sua obediência aos regulamentos civis, e estas, apesar das manifestações isoladas de alguns pretensos “aiatolás”, mantém uma independência crítica em relação ao Poder Público.
E esse é, na verdade, o bem pelo qual nós devemos zelar com unhas e dentes: a nossa liberdade de expressão, que implica na ausência de barreiras para pregarmos a Cristo. Ao contrário do que disseram os Juristas de Cristo, por ocasião das Eleições de 2010, ao defenderem o Sr. Paschoal “Obelisco” Piragine, ela não sofreu nenhum ataque mais sério até agora. Garantir direitos a determinadas categorias, como fez o STF no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132, não significa calar quem discorda de sua implementação.
Já o PLC 122, também conhecido como “Lei da Mordaça Gay”, pode, sim, representar uma ameaça real a silenciar a voz dos pregadores cristãos, mais especificamente em dois artigos que modificam a Lei nº 7.716/89: o art. 7º, que insere os arts. 8º - A e 8º - B, referentes à criminalização das restrições às manifestações de afeto entre homossexuais,e o art. 8º, que modifica a redação do art. 20 da lei supracitada, para incluir no respectivo tipo penal a discriminação à orientação sexual.
Mesmo a emenda apresentada pela senadora Marta Suplicy (PT/SP), relatora da matéria na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, que exclui da espécie fática a pregação religiosa, mediante a associação desta apenas ao livre exercício e à inviolabilidade dos locais de culto (Constituição Federal, art. 5º, inciso VI) (1) , sai pior do que o soneto: deixa todas as mídias como território vedado para essa pregação, ao mesmo tempo em que as deixa livres para que os gays impugnem as posturas dos críticos de seus costumes, levando à breca o princípio constitucional da igualdade, situado no inciso II do mesmo art. 5º da Carta Magna.
Não que um crente sensato, em sua sã consciência, seja a favor de atos homofóbicos, sejam eles físicos ou verbais. Somos mensageiros da paz, e não propagadores da violência. Todavia, a demostração da prática homossexual como biblicamente pecaminosa, aliada à postura carnal e repleta de segundas intenções de várias lideranças evangélicas, mais interessadas em levantar uma cortina de fumaça em torno de suas ilicitudes seculares e espirituais do que em defender as verdades do Evangelho, causa nas figuras de proa do movimento GLBT um verdadeiro comichão nos ouvidos (2 Tim 4:3), o que as faz misturar, por pura má-fé, uma coisa à outra, apenas com o propósito de desqualificar a mensagem bíblica, que os desagrada.
E, apesar de se tratar de uma minoria, os homossexuais são bastante organizados, ruidosos e influentes, principalmente na mídia corporativa e no meio jurídico, através do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFam), cujos magistrados integrantes podem muito bem interpretar a nova lei, caso seja realmente aprovada, de maneira a prejudicar deliberadamente àqueles que se basearem na Bíblia Sagrada para discordarem do homossexualismo, como o pecado que ele realmente é. Basta ver o voto do Ministro Ricardo Lewandowski, no julgamento das ações acima, para perceber, subjacente em suas palavras, a mesma visão do IBDFam de que a forma clássica de família é fundada em bases patrimoniais e de mera procriação, e não afetivas, ao contrário das outras modalidades familiares .
A questão, portanto, é de foco. Urge deixarmos questões secundárias de lado. O que está em jogo de verdade é a liberdade expressão e de organização tão duramente conquistada nos últimos 120 anos, bem como o princípio democrático de que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (Constituição Federal, art. 5º, caput), acabando com essa mácula nacional de considerar algumas castas de pessoas mais iguais do que outras. Ao mesmo tempo em que devemos combater a violência e o preconceito contra os homossexuais, defendamos a liberdade de exprimirmos nossa fé de maneira integral.
Se bem que, mesmo que sejamos perseguidos por dizermos a verdade em tudo, seremos consolados no fato de que, para um verdadeiro servo de Deus, “a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5:3-5).
Thiago Lima Barros é Diácono da Igreja Bíblica Nova Aliança (Maceió/AL), Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Alagoas e servidor do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. Este artigo foi enviado pelo autor para publicação no Genizah.
(1) A íntegra do relatório encontra-se em http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/89821.pdf. O § 5º do art. 20 da Lei 7716 passa a vigorar nos seguintes termos: O disposto no caput deste artigo não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente de atos de fé, fundada na liberdade de consciência e de crença de que trata o inciso VI do art. 5º da Constituição Federal.
Bom, se minha fé se basear em rir e debochar de gordos, isso deve ser respeitado.
ResponderExcluirSe minha fé se basear em achar que negros são imundos, tenho também direito de expressa-la publicamente.
Se minha fé se basear em achar que as mulheres são umas mulas, também devo defender isso nas ruas e igrejas.
Garnde argumento, hein !
A bíblia condena o homossexualismo (condena mesmo, e a passagem de Jesus e os Eunucos ?), mas tb manda que matemos nossos filhos desobedientes a pedradas e também as nossas esposas se não sangrarem na primeira transa. Pq não obedecemos esses "belos" pricípios bíblicos ? Pq só obedecemos da bíblia aquilo que nos interessa e que está de caordo com nossa mentalidade atual.
Essa é a verdade, infelizmente.
Que bom ler algo centrado e bem escrito sobre um assunto que se fala muita, mas muita besteira, mesmo em "nome de Deus"!
ResponderExcluirThiago graça e paz.
ResponderExcluirSei que este assunto é muito polêmico, mas me assusta sua abordagem referente aos direitos dos homossexuais. Não posso concordar com a institucionalização do pecado. Aprovar o casamento no civil entre duas pessoas do mesmo sexo é totalmente contrário a palavra de Deus. Nós vivemos num país onde já existe uma lei, infelizmente ela não é colocada em prática,por exemplo: se um homossexual é assassinado , quem cometeu o homicídio vai preso e ser julgado por este crime, bem como se o mesmo acontecer com um crente. Se ele for impedido de entrar num local público por ser homossexual, entra na justiça e ganha a ação bem como indenização por danos morais, isso vale o mesmo para um crente, negro, etc. Agora o MEC está distribuindo livro com a conjugação errada, dizendo que não existe errado, mas sim inadequado, dando a explicação que não quer que as pessoas sofram a discriminação lingüística. Eu não posso concordar com isso, pois a bíblia deixa bem claro que há certo e errado.Infelizmente hoje vivemos o tempo do depende do ponto de vista e a bíblia não é mais o princípio a ser utilizado.Sendo assim , não concordo com o movimento dos homossexuais, bem como movimento negro, movimento dos crentes, pois isto é o que gera a discriminação nos tornando pessoas diferentes umas das outras.Todos somos iguais diante de Deus.A benção e a maldição são para todos, crentes, homossexuais, negros, brancos, etc...
Deus te abençoe.
Walter Adriano
Thiago graça e paz.
ResponderExcluirSei que este assunto é muito polêmico, mas me assusta sua abordagem referente aos direitos dos homossexuais. Não posso concordar com a institucionalização do pecado. Aprovar o casamento no civil entre duas pessoas do mesmo sexo é totalmente contrário a palavra de Deus. Nós vivemos num país onde já existe uma lei, infelizmente ela não é colocada em prática,por exemplo: se um homossexual é assassinado , quem cometeu o homicídio vai preso e ser julgado por este crime, bem como se o mesmo acontecer com um crente. Se ele for impedido de entrar num local público por ser homossexual, entra na justiça e ganha a ação bem como indenização por danos morais, isso vale o mesmo para um crente, negro, etc. Agora o MEC está distribuindo livro com a conjugação errada, dizendo que não existe errado, mas sim inadequado, dando a explicação que não quer que as pessoas sofram a discriminação lingüística. Eu não posso concordar com isso, pois a bíblia deixa bem claro que há certo e errado.Infelizmente hoje vivemos o tempo do depende do ponto de vista e a bíblia não é mais o princípio a ser utilizado.Sendo assim , não concordo com o movimento dos homossexuais, bem como movimento negro, movimento dos crentes, pois isto é o que gera a discriminação nos tornando pessoas diferentes umas das outras.Todos somos iguais diante de Deus.A benção e a maldição são para todos, crentes, homossexuais, negros, brancos, etc...
Deus te abençoe.
Walter Adriano
Texto fantástico. Os textos que eu li mostram uma postura muito sensata, bíblica e equilibrada do Genizah sobre o assunto. Parabéns.
ResponderExcluirGraça e paz do Senhor,
Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro
E, apesar de se tratar de uma minoria,
ResponderExcluirPenso que essa minoria é a que aparece, como a ponta de um ice berg, mais tem muito mais que não assumem publicamente sua escolha, mas que nos bastidores tem força para mudar até a lei. Quantos gays temos na Ford, STF, STJ, CRACOLÂNDIA........ não assumidos? Em uma votação, tipo aquelas do prédio presidida pelo sindico, quantos levantariam a mão para assumir na frente da sociedade a sua opção sexual?
Acho eu que o buraco é mais em baixo.
Fernando
Não acredito ser desejo de cristãos conscientes de seus direitos divinos e terrenos que os homossexuais sejam exterminados do mundo, nem agredidos e nem discriminados (vitimas de preconceito).
ResponderExcluirMas que TODA a cautela acerca da PL 122 e outros direitos referentes à familia convencional, liberdade de expressão e pensamento devem ser observados.
Os homosseuxais são bem organizados e não querem simplesmente coexistir e sim prevalecer contra o modo de vida cristão e valores sociais estabelecidos de longa data.
os cristãos carecem de organização e de representantes melhores que os politicos que sobem aos púlpitos em tempos de campanha eleitoral e lideranças mais ponderadas que o sr. Silas Malafaia. Também me assusta a turma supostamente cristã que abraça homossexuais e homossxualismo sob a bandeira de uma Amor divino que supera até a santidade e a justiça de Deus.
É quase um vale-tudo em nome do amor...
Excelente artigo, com o qual concordo. Trago uma pequena análise que fiz da referida PLC 122, que realmente é o GRANDE perigo para as igrejas, no tocante ao relacionamento com a população homossexual: http://prfalcao.blogspot.com/2011/05/porque-o-projeto-de-lei-1222006-lei-da.html
ResponderExcluirOs católicos de hoje são culpados pelos crimes dos que se diziam católicos no passado.
ResponderExcluirO catolicismo estatal do Brasil do passado
“No Padroado a Igreja delegava aos monarcas a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios. O rei construia igrejas, nomeava os padres e bispos. Muitas das atividades características da Igreja Católica eram, na verdade, funções do poder político. Particularmente a Inquisição, que nos Impérios Ibéricos funcionou mais como uma polícia do que a sua função inicial religiosa.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Padroado
É por causa dessa união da Igreja com o Estado, que todos os crimes cometidos pelo Estado são atribuídos à Igreja, o clero havia se transformado em carreira política:
”É notório que, de cem anos para cá, dificilmente se acha um único candidato (a bispo) em cem que tenha alguma noção da sagrada doutrina... Se censurarmos os costumes, então encontraremos bem poucos, ou quase nenhum, que não seriam reprovados pelos antigos cânones. Quem não é bêbado, é depravado; quem está limpo desses vícios, é jogador inveterado, amante da caça ... Porém, mais absurdo ainda é o fato de que meninos de apenas dez anos sejam ordenados bispos com a permissão do papa..." Calvino, João. (1536) “Intitutas da Religião Cristã”.
É bem dificil ver um artigo sóbrio como o seu falando sobre esse assunto. Por isso aqui vai o meu parabéns!!! Queria salientar que concordo com você que, grande parte da oposição do movimento gay em relação aos argumentos dos religiosos envolvidos, se dá em razão da falta de representatividade das pessoas que se auto proclamam representantes dos cristãos. Sendo que todos sabem que por traz do grande 'barulho' está um interesse tremendo em auto-promoção. Com relação aos pontos que você diz não concordar com a PLC122, acho que o medo de as manifestações de afeto serem dentro de igrejas é infundado... E se manifestações de afeto sao toleradas aos heterossexuais em outros lugares, se baseando no principio de igualdade, pq nao ser estendido esse direito aos gays??? Com relação ao outro ponto da lei, sim, seria mais inteligente, o movimento que luta pela aprovação da lei nao interferir em questões religiosas, já que a mesma lei q busca regulamentar a homofobia como crime, tbm defende o direito à liberdade de culto. Lutar contra isso é 'dar murro em ponta de faca'. Que os crentes e gays saibam discutir essas questoes com sobriedade para chegarmos a uma conclusão aceitavel a todos.
ResponderExcluirO melhor artigo sobre o assunto que li até agora.
ResponderExcluirSem espuma no canto da boca, sem retórica vazia, cristão, respeitoso para com todos e direto ao ponto real.
Parabens Thiago!
Obrigado Helder!
ResponderExcluirTanto mais considerando que demos espaço a muitos, com visões diferentes e abordando aspectos únicos da questão. Creio que , ao final, oferecemos um painel da inteligência cristã.
Perto da minha casa existe uma igrejinha que ensina que quem come carne suína e toma café não herdará o reino dos céus. Distribuem folhetos e até tem um programinha de rádio que ensinam isso.
ResponderExcluirEu aprecio um cafezinho, mas nunca apoiaria uma lei que impedisse os fiéis dessa igrejinha de divulgar suas crenças. Até pedi uns folhetos deles para escrever um contra-argumento.
Acredito na Liberdade de crença como direito humano fundamental.
Com todo o respeito, mas como é que aprovaram o primeiro comentário (e delirante) desse post?
ResponderExcluirVivemos em uma democracia, não em um regime absolutista ou aristocrático.
ResponderExcluirO governo e as instituições religiosas são e devem ser separados, não pode haver ingerência de um ou de outro lado.
Porém, como cidadãos, nós cristãos fazemos parte da vida política do país.
Democracia é o governo do povo, representativamente, mas é o governo do povo.
Que povo? Ora, todo o povo - o que incluí a nós cristãos certamente.
Na democracia o povo é Cézar.
E como devemos nos posicionar na democraia? Como ateus? Não! Nem a sociedade quer isso de nós.
Na democracia cabe a cada cidadão se manifestar conforme os seus próprios princípios, no final prevalece a vontade majoritária, através da representação política.
Nesse regime de governo democrático eu NÃO sou obrigado a apoiar o entendimento de que a união homossexual seja célula familiar tanto quanto o é o casamento entre um homem e sua mulher.
Se esse entendimento é o entendimento majoritário, tudo bem, a maioria vai aprovar - eles não precisam de mim para isso e serão (quem apoiou) responsabilizados por isso.
Como cristão, meu papel é me posicionar segundo os valores cristãos, e como cidadão nessa sociedade democrática é fundamental que eu seja sincero nos meus princípios para que exista contraditório, confronto de ideias, reflexão... para que a decisão democrática final seja feita ouvindo-se todos os pontos de vista.
Não é meu papel obrigar a sociedade brasileira a se converter aos meus princípios, de jeito nenhum. Mas falharei como cidadão e como cristão, se não não apresentar a sociedade a opção dos princípios que regem minha vida.
Meu posicionamento é que a união homossexual não é comparável ao casamento, logo não defendo, não apoio, concessão alguma de mesmos direitos a quem escolheu viver e constituir patrimônio nessa forma de união.
Porém, ao que tudo indica esse ponto de vista não é majoritário, então o Brasil vai democraticamente oficializar aquilo que eu particularmente não concordo.
Vou ficar revoltado, angustiado?
Não! De jeito nenhum.
Eu tenho é consciência tranquila de que fiz a minha parte de que falei, de que comuniquei, de que fiz tudo que estava ao meu alcance fazer.
O importante é que a sociedade, aqueles que apoiaram, não poderão dizer quando julgados: "Os seus discípulos, sal e luz do mundo, não nos falaram nada - pelo contrário, foram favoráveis".
A democracia é o regime de governo humano "menos pior" que existe, é importante que ela prevaleça mesmo quando vai contra aos meus próprios princípios.
Só não me peçam para ser omisso, hipócrita ou cúmplice do que não concordo.
Forte abraço.
O que ele quis dizer com "Sr. Paschoal “Obelisco” Piragine"
ResponderExcluirPergunto pois estou pensando em mudar para a igreja dele(do paschoal).
QUANDO FALAMOS DE ASSUNTOS COMPLICADOS COMO ESSE,PENSAMOS COMO DEVEMOS NOS REPORTAR... MAS COM MUITA SABEDORIA, VINDA DE DEUS, THIAGO - MEU MARIDO E AMOR, DEMONSTROU A VERDADEIRA POSTURA QUE NÓS CRISTÃOS DEVEMOS TER!ALÉM DE SEGUIR A BÍBLIA COMO REGRA INCONTESTÁVEL, TAMBÉM DEVEMOS OBEDECER AS LEIS DOS HOMENS, PRINCIPALMENTE A QUE DIZ QUE TODOS SÃO IGUAIS INDEPENDENTE DE RAÇA, RELIGIÃO...CASO CONTRÁRIO, QUE TESTEMUNHO DARÍAMOS AO REPELIR ESSAS PESSOAS? SABEMOS QUE PERANTE DEUS, SÓ EXISTE HOMEM E MULHER, MAS COMO TRAREMOS ESSAS ALMAS PERDIDAS PARA O SENHOR SE OS TRATARMOS COMO ANIMAIS PERIGOSOS?
ResponderExcluirAGRADEÇO A DEUS PELA VIDA DO MEU MARIDO!TE AMO
QUANDO FALAMOS DE ASSUNTOS COMPLICADOS COMO ESSE,PENSAMOS COMO DEVEMOS NOS REPORTAR... MAS COM MUITA SABEDORIA, VINDA DE DEUS, THIAGO - MEU MARIDO E AMOR, DEMONSTROU A VERDADEIRA POSTURA QUE NÓS CRISTÃOS DEVEMOS TER!ALÉM DE SEGUIR A BÍBLIA COMO REGRA INCONTESTÁVEL, TAMBÉM DEVEMOS OBEDECER AS LEIS DOS HOMENS, PRINCIPALMENTE A QUE DIZ QUE TODOS SÃO IGUAIS INDEPENDENTE DE RAÇA, RELIGIÃO...CASO CONTRÁRIO, QUE TESTEMUNHO DARÍAMOS AO REPELIR ESSAS PESSOAS? SABEMOS QUE PERANTE DEUS, SÓ EXISTE HOMEM E MULHER, MAS COMO TRAREMOS ESSAS ALMAS PERDIDAS PARA O SENHOR SE OS TRATARMOS COMO ANIMAIS PERIGOSOS?
ResponderExcluirAGRADEÇO A DEUS PELA VIDA DO MEU MARIDO!TE AMO
Thiago,
ResponderExcluirParabéns pelo artigo! Muito equilibrado sim e por mais que nós, gays, não gostamos da visão bíblica de vocês em relação à homossexualidade, temos outro entendimento do assunto à luz das Escrituras, vocês tem o direito de entender de maneira diferente da nossa e nem por isso ser contra os avanços no campo do direito civil e constitucional.
Como você mesmo escreve: "Por mais que possa parecer uma “traição” para alguns, reconhecer direitos aos gays é algo que está fora do âmbito eclesiástico, sendo um assunto de Estado. Aliás, se como cristãos nós prezamos pelo respeito à vida e à dignidade humana, por que deixaríamos de fazê-lo com relação a uma classe de pessoas, alijando-as de forma arbitrária a direitos que são seus por força de mandamento constitucional?"
Quanto ao PLC 122, tenho sido uma voz minoritária dentro do movimento LGBT organizado. É claro que não estou sozinho e que outras pessoas veem como vejo e buscam dar a contribuição no sentido de melhorar o texto, salvaguardando a liberdade de expressão e a liberdade religiosa, conforme reza nossa Carta Magna.
Na verdade, eu não acredito na aprovação do PLC 122 conforme ele está redigido neste momento. O adendo da senadora Marta mais complica que ajuda e creio que ela já está percebendo isso.
Soube na última segunda-feira, eu estava em Brasília, que um grupo estava sendo composto para estudar e re-elaborar o Projeto de Lei, depois, já no Rio, fiquei sabendo que o senador Crivella está no grupo, não é o melhor nome, mas é, querendo ou não, um representante da Frente Parlamentar Evangélica. Creio que algo sairá daí, mas não sei se o que sairá agradará a gregos e troianos.
O que está em jogo, caro Thiago, são vidas! É preciso que o povo evangélico reconheça que existe uma tênue linha entre "pregar o que a Bíblia diz" e eu discordo dessa visão, mas respeito e muito e advogo o direito de expressão sobre ela; e a injúria. Não sei se você é evangélico, deve ser, pois escreve aqui, então você já deve ter ouvido muita pregação "bíblica" sobre a homossexualidade, mas tenho certeza que assim como eu (nascido num lar evangélico), deve ter ouvido muita injúria.
Ora, a injúria traz sofrimento REAL. Perdemos vidas por conta disso. Famílias são arrebentadas e dilaceradas. Pessoas adoecem psiquicamente e fisicamente. Além do ônus social, a marca da exclusão.
Nós do movimento LGBT e da Igreja Inclusiva estamos conversando muito a respeito de todas essas coisas e já chegamos à conclusão que em relação a injúria desde o púlpito, o blog, o programa de tv e rádio, além dos artigos nos jornais e revistas evangélicas, algo tem de ser feito.
Não sei se você está ciente do pronunciamento dos judeus em relação à questão. Se não está, busque, é bem equilibrado, até porque vem de gente que durante séculos foi alvo dos pregadores "bíblicos".
De qq forma eu tenho gostado muito do que tenho lido no Genizah nos últimos dias sobre todas essas questões e vejo que existe da parte de vocês, ainda que representem uma pequena parcela do mundo evangélico, uma boa vontade para o debate. Creio que um canal foi aberto e seria interessante se ele fosse mais explorado. É necessário e urgente.
Danilo, sou de Maceió e gostaria muito de poder entrar em contato com o Thiago. Como faço?
ResponderExcluirDanilo, sou de Maceió e gostaria de entrar em contato com o Thiago. Como faço?
ResponderExcluirQue bom ver as pessoas debatendo sobre este assunto "tabuloso" mais tudo isso se resumi em saber duas coisas, pecado nunca vai deixar de ser pecado, assim como homem sempre será homem e mulher sempre será mulher, o que passar disto é desvio de conduta moral e que cada um sabe o que faz da sua vida e de suas escolhas. agora tentar transformar cada cristão desta terra em homofobico ai já é demais e é exatamente isto que se está tentando. não vamos aqui dicutir apenas do ponto de vista religioso, mas é claro que existe uma tentativa de atingir a igreja atravez de leis que parecem defender uma classe mais em detrimento de outras,perante a lei todos não deveriamos ser iguais? então não se faz necessario a criação de leis para privilegiar quem quer que seja, leis, temos demais! falta é o cumprimento das mesmas. é muita xurumela!!!
ResponderExcluirA PL 122 é tão absurda como absurdo é querermos gerenciar a vida sexual de quem quer que seja. Pra mim é muito simples: ninguém deveria se meter na cama alheia, quer ser homossexual? Problema seu.
ResponderExcluirTexto realmente edificante este. Muito bem escrito e muito claro. Concordo com tudo.
ResponderExcluirRessalto que os homossexuais não abordam a questão com a mesma sabedoria que você.
Exigem o respeito (que significa concordar com o que eles julgam como certo), mas não respeitam os cristãos.
Para quem quiser, faço uma análise somente do Projeto de Lei no meu blog. Tenho certeza de que verdade nos libertará.