Os únicos rituais necessários
http://genizah-virtual.blogspot.com/2010/10/os-unicos-rituais-necessarios.html
por Zé Luís
Detesto religiosidade. Religião significa “religar”: o homem se religando aos céus, a construção ininterrupta da Torre de Babel que não alcança nada.
Não gosto de jiló, mau hálito, gente mal-educada, esperar mulher se aprontar para sair. É diferente.
Detesto religião, abomino, me irrito a ponto de me irar, ainda mais quando o religioso é gente que teve acesso à Verdade, conheceu-a, mas dá continuidade a essas desgraças humanas em nome de um deus feito por homens, mais aproximado de nossa imbecilidade.
Não falo aqui do tipo de idolatria que um evangélico está acostumado a abominar, a base de gesso ou madeira, mas daquela que o protestante gera: apreciar tanto a mensagem que vem ATRAVÉS da pessoa, que começa a crer que a pessoa é a fonte da mensagem, gerando um novo ídolo patético.
Não demora até que o próprio portador – momentâneo – da mensagem(antes servo de Deus, ou mesmo amigo) começar a gostar da posição conquistada, e em um fluxo normal, fazer planos com o status conquistado, explicando seu entendimento aos que dão sua capacidade de pensar para outro, como se este – e não o quem vem da Fonte – fosse o universal e aceitável em qualquer tempo e cultura.
É fácil perceber o quanto criamos um evangelho apático, a margem do brilho que Ele nunca perde.
No Espiritismo, aprendi que minha alma migra de existência em existência, em um processo de evolução gradativa, que segundo Kardec, ensinado por espíritos superiores, e embasado em seu entendimento da Palavra (além de impulsionado na época pela então popular teoria Darwinista) que esse crescimento se dá para que eu possa reencarnar em outros planetas, melhores. Deus nessa história é impessoal, silencioso, incompreensível.
Na umbanda, onde deuses africanos se mesclam aos santos católicos, as entidades exigem suas ofertas nas cores corretas, com a oferenda correta e no lugar correto. No Candomblé, esta mistura católica já não existe: o roncó faz em seus vinte e um dias sua iniciação para os sacrifícios vindouros, raspando a cabeça, cortando-se com giletes, incorporado com os seres, comendo das oferendas nos dias que se ficam ali.
A Ordem Rosa Cruz me ensinou que esse ciclo de encarnações acontece de 144 anos, onde se vive parte aqui e o restante no próximo plano, reavaliando a cada ciclo o crescimento (ou não) daquela vida.
Muitos dirão que a crença na reencarnação é mais antiga que isso, vinda do Oriente, o que não a valida.
Cristo – e não o Cristianismo – me trouxe respostas satisfatórias, libertando-me de uma série de indagações, dúvidas, necessidades, mentiras e bobagens.
Já não preciso continuar numa busca angustiante, tatear entre tantas certezas bizarras e incertas, tentando agradar os deuses, ou deus, ser melhor por mim mesmo, ou pelos outros num altruísmo inexplicável, ou velas, novenas, campanhas, obrigações, promessas, juras, cursos, meditações, zodíacos, macumbas, projeções astrais, ateísmos.
O Mestre pede rituais. Dois: O batismo e o compartilhar do pão em memória dele.
O batismo é um sinal público, o simbolismo que não caberia explicar aqui, a passagem pelas águas, como quem atravessa uma placenta rumo a nova vida. Muitos não querem renascer, claro, mas já foram gerados e o parto, traumático ou não, se faz necessário e acontecerá.
Quanto a celebração da morte que trouxe vida, a lembrança da tristeza que traz alegria, ele queria o ajuntamento daqueles a quem amou, a ponto de morrer por eles.
É o princípio de tudo: poder viver em comunhão, num mundo de vários egos, após aceitar a ressurreição gratuita
O resto, cerimoniais, cultos, celebrações, e tudo: não passam de religiosidade.
Deus só não dispensa o ajuntamento da celebração de sua História por aqueles que Ele salvou, apesar de outros religiosos, “cristãos”, garantirem que Deus não é suficiente.
Não digo que Ele deixará as coisas acontecerem de forma caótica, como não fosse quem É: mesmo o caos, nas mãos do Pai, é ferramenta de aprendizado.
Eventualmente e por acidente ou distração, o Genizah posta textos do Zé Luís
Religiões são tentativas desesperadas do homem se encontrar com Deus...
ResponderExcluirReligiosos não sabem que Ele está bem perto...
RELIGIÃO É TODO ESFORÇO MERAMENTE HUMANO DE “SE RELIGAR A DEUS”, NA TENTATIVA DE RESTABELECER A COMUNHÃO QUEBRADA NA QUEDA.
ResponderExcluirO HOMEM É UM SER RELIGIOSO DESDE OS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE. CUJA RELIGIOSIDADE, LEVOU OS POVOS, TRIBOS E CIVILIZAÇÕES A ERGUEREM ALTARES E OFERECEM SACRIFÍCIOS A QUALQUER DIVINDADE. POIS, DENTRO DE CADA UM DE NÓS, EXISTE UMA LACUNA, UM VAZIO E UMA PROFUNDA SEDE DA PRESENÇA DE DEUS.
O PECADO, ORIGINOU A SEPARAÇÃO ENTRE O HOMEM E CRIADOR.UMA BARREIRA INTRANSPONÍVEL SE LEVANTOU; E OCASIONOU A TAL DIVISÃO,CONTAMINANDO A ESSÊNCIA DA NATUREZA HUMANA. PORTANTO, TODA TENTATIVA DO HOMEM DE SE APROXIMAR DO SENHOR, É FRACASSADA. “PORQUE TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS”. EXONERADOS E IMPOSSIBILITADOS DE ESTAREM NA SUA PRESENÇA.
A VERDADEIRA RELIGIÃO NÃO É AQUELA QUE PARTE DO HOMEM PARA DEUS, E SIM, DE DEUS PARA O HOMEM, QUE SOBERANAMENTE E DELIBERADAMENTE DECIDIU RELIGAR-SE A “COROA DA SUA CRIAÇÃO".
CARLOS HERRERA
http://cativosporcristo.blogspot.com/2010/08/reflexao-religados-pela-graca-que-nos.html
Muito bom o post! Isso tudo é verdade, só não a parte que religião significa "religar". Se consultarmos dicionários de etimologia latina, como o Dictionnaire Étymologique de la Langue Latine, de Ernout e Meillet (disponível em http://www.lexilogos.com), descobriremos que “religião” nada tem que ver com “religar”, por incrível que pareça. A raiz da palavra latina religìo,ónis (e não religare, como muitos pensam) relaciona-se com lig, de “diligente” ou “inteligente” ou com leg, lec, lei, le, de “eleger”, “lecionar”, “eleitor” e “ler”, respectivamente. Já o prefixo re é oriundo de red(i), “vir”, “voltar”, que aparece em “relíquia”, “redivivo”.
ResponderExcluirA ideia de que “religião” significa “religar o homem a Deus” é popular, mas não está de acordo com o étimo do termo. No Novo Testamento, inclusive, o termo grego traduzido para “religião” nunca significa “religar o homem a Deus”. De acordo com Vine, o vocábulo threskeia diz respeito a adorar, a cultuar (At 26.5; Cl 2.18), bem como a ajudar os pobres e a dar o exemplo de uma vida santa como demonstração de autêntica comunhão com Deus (Tg 1.26,27) — cf. Dicionário Vine, CPAD, p.939.
Explicação retirada de: http://cirozibordi.blogspot.com/2010/10/erros-etimologicos-que-os-pregadores.html
A paz do Senhor!
Se consultarmos dicionários de etimologia latina, como o Dictionnaire Étymologique de la Langue Latine, de Ernout e Meillet (disponível em http://www.lexilogos.com), descobriremos que “religião” nada tem que ver com “religar”, por incrível que pareça. A raiz da palavra latina religìo,ónis (e não religare, como muitos pensam) relaciona-se com lig, de “diligente” ou “inteligente” ou com leg, lec, lei, le, de “eleger”, “lecionar”, “eleitor” e “ler”, respectivamente. Já o prefixo re é oriundo de red(i), “vir”, “voltar”, que aparece em “relíquia”, “redivivo”.
ResponderExcluirA ideia de que “religião” significa “religar o homem a Deus” é popular, mas não está de acordo com o étimo do termo. No Novo Testamento, inclusive, o termo grego traduzido para “religião” nunca significa “religar o homem a Deus”. De acordo com Vine, o vocábulo threskeia diz respeito a adorar, a cultuar (At 26.5; Cl 2.18), bem como a ajudar os pobres e a dar o exemplo de uma vida santa como demonstração de autêntica comunhão com Deus (Tg 1.26,27) — cf. Dicionário Vine, CPAD, p.939.
Finalmente, para simplificar, a melhor definição para o termo em análise está na própria Bíblia, no Novo Testamento. O que é religião? “Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.26,27).
(Fonte: Blog do Pastor Ciro Sanches)
Excelente texto! Assino embaixo... ops! ... comento!
ResponderExcluirMarco Aurelio.