As meninas Superpoderosas do Reino entram no Genizah!

Bom grupo já existia. Eram amigas, cada qual com seu blog. Mas certo marmanjo aqui achou que elas tinham de se reunir em um blog só.  Um blog que falasse do ser mulher solteira nesta nossa gospelândia. A coisa deu supercerto e este blog ainda vai zoar muita panela gospel por ai!

As meninas são quatro. Quatro gatas, diga-se. Mas para o Genizah não virar a casa da mãe Joana, escolhemos uma fiel representante do mulherio para constar como consulesa colaboradora: A Roberta Lima. Contudo, todas as outras passam a fazer parte da quadrilha da mesma forma e vão colaborar e enfeitar este blog que tava muito cheio de marmanjo pra o meu gosto...

Roberta diz  a seguir que não é nada ex-qualquer coisa, o que eu protesto! Robertinha é ex-lagoinha, ex-artista de atos proféticos e outros ex neopentecostais que prefiro não mencionar...

Então fala ai Roberta Lima:

Quem sou eu? Acho que é uma pergunta que todo mundo se faz e raramente alguém consegue satisfatoriamente responder, mas paremos, não vim aqui filosofar...

Eu sou comum, talvez a mais comum das colaboradoras do blog, talvez a que mais se aproxime de você que agora me lê.

Não sou ex-nada muito “grave” para começo de conversa, nunca fui viciada, prostituta, presidiária ou coisa que o valha - nada contra quem é “ex” qualquer coisa, pois creio na graça de Cristo. Sou mesmo é uma ex-coisas comuns e em algumas coisas ainda continuo buscando me tornar “ex”!

Caminho com Cristo há dez anos, acertei o caminho, mas tenha errado a porta de acesso, pois o neopentecostalismo foi meu berço. Cresci e me envolvi nele, fiz teologia numa renomada escola e quando voltei para a minha cidade, cheguei até mesmo a dirigir uma congregação. Para muitos pode parecer o “topo”, mas para mim, foi quase o fim e, citando Tropa de Elite, pedi para sair.

Descansei do “ministério”, repensei minha fé e ao parar para estudar a Bíblia, precisei deletar muita coisa que aprendi no seminário, pois minha cosmovisão estava deturpada.

Aprendi errado, ensinei errado, infelizmente.

Mas na vida se é assim: APRENDIZ. Gosto dessa palavra: aprendiz.

Sou aprendiz de teóloga, de gente, da vida, de mim.

Mesmo com um grande envolvimento ministerial, em todo o tempo trabalhei secularmente – e hoje já não enxergo essa dicotomia entre o santo e o profano da maneira que enxergava anteriormente – posso fazer a diferença onde quer que eu trabalhe.

Comecei o blog Meninas do Reino em maio, sempre escrevi e nunca havia publicado, mas chegou uma hora em que precisei “gritar” em forma de post: lá eu falo de tudo e sem muita pretensão, pois estou em construção, sou aprendiz lembram?

Venho aprendendo e compreendendo de mim algo simples: sou humana. Sou Dele, mas sou humana. Sou gente que ri, que chora, que se comporta, que muitas vezes não se importa, que tropeça, que cai, que levanta, que se machuca e que também machuca. Sou gente em estado máximo de SER gente. Sou gente que pulsa, que vê, que está aqui para aprender e com toda a intensidade viver e em meio a tudo tentar transmitir o amor de Deus.

Espero poder edificar sua vida, mas sei que não posso prometer que acertarei sempre. Tenho minhas pitadas e às vezes caminhões de subversividade... Sou doce, mas também agridoce e até mesmo, segundo as palavras de uma leitora do blog, uma menina “pimenta” do reino, mas procuro escolher a doçura, pois como li outro dia: uma revolução pode ser DOCE!

Também não poderia deixar de mencionar que nessa jornada de blogueira, twitteira e gente, encontrei algumas outras doces subversivas que agora fazem parte do blog junto comigo: cada uma com seu estilo, singularidade, autenticidade, pois compreendemos que é assim que o PAI nos fez, ímpares, individuais, únicas...

Somos então quatro Meninas do Reino: Andréa Cerqueira, Carla Accioly, Simone Caetano e eu. De cidades diferentes, sotaques diferentes, regiões diferentes, mas próximas, ainda que não estejamos perto umas das outras. Também fazemos parte do CMA – Clube das Mulheres Autênticas: uma brincadeira de amigas do Twitter. Beijos a todas! [não podia perder a oportunidade... Beijos para minha mãe também... pronto, passou o momento beijinhos... risos]

É isso, quanto ao mais, como diz a mineirinha Si Caetano: vem comigo que no caminho eu te explico.