Nós e a Bíblia
http://genizah-virtual.blogspot.com/2010/09/nos-e-biblia.html

Robinson Cavalcanti
Durante a infância e parte da adolescência eu ouvia as leituras na missa dominical, cuja liturgia era em latim, que sempre começavam com a expressão: “Naquele tempo”. E eu, naquela época, não entendia muito o que se lia. Chega minha prima, nas férias, engatinhando na alfabetização, com um Evangelho de Mateus que recebera de uma vizinha. Após o almoço, eu, mais velho, lia um capítulo por dia. Chega minha tia de um colégio de freiras. Verifica a edição da Sociedade Bíblica, versão João Ferreira de Almeida. Inquisitorial, pergunta sobre a autorização de alguma autoridade da Igreja de Roma: “Tem Imprimatur? Tem Reimprimatur? Tem Nihil Obstat? Não tem? Vai para o fogo". E, naqueles tempos pré-Concílio Vaticano II, rasga o livrinho e em um “ato de fé” o queima no fogão de carvão lá de casa, no interior de Alagoas. Não posso me esquecer das labaredas azuis.
Estou com 14 anos. Um marceneiro adventista, o Josué Clementino, me pede para recitar os Dez Mandamentos. Eu o fiz, segundo o que tinha estudado no Catecismo do Padre Álvaro Negromonto. Ele abre a Bíblia de edição católica Padre Figueiredo. Me manda ler o capítulo vinte do livro de Êxodo. Surpreso, vejo que não confere. Tinha saído um mandamento, e o outro desdobrado em dois para fechar em dez. “Como pode uma instituição alterar o texto dado por Deus nas Tábuas da Lei?” Josué me desafia a estudar a Bíblia, e por dois anos faço um curso bíblico por correspondência, escondido da minha mãe.
Vou completar 17 anos. Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns, PE. Aula de escola bíblica dominical. Meu professor era o advogado Urbano Vitalino, meu avô. Tema: “As viagens de Paulo no livro dos Atos dos Apóstolos”. “Viajo” junto, empolgado.
E assim, aos poucos, a Bíblia foi chegando em minha vida. Do meu primeiro salário, dei o dízimo e comprei uma Bíblia. Meu primeiro sermão foi pregado no Dia da Bíblia, em 1963 (19 anos).
Hoje me alegro com o fato de que o Brasil é campeão em venda de Bíblias. Muito vendida, menos lida, pouco obedecida.
Estou em uma igreja (a Anglicana) que afirma a autoridade da Bíblia como Palavra de Deus!
Estou com 14 anos. Um marceneiro adventista, o Josué Clementino, me pede para recitar os Dez Mandamentos. Eu o fiz, segundo o que tinha estudado no Catecismo do Padre Álvaro Negromonto. Ele abre a Bíblia de edição católica Padre Figueiredo. Me manda ler o capítulo vinte do livro de Êxodo. Surpreso, vejo que não confere. Tinha saído um mandamento, e o outro desdobrado em dois para fechar em dez. “Como pode uma instituição alterar o texto dado por Deus nas Tábuas da Lei?” Josué me desafia a estudar a Bíblia, e por dois anos faço um curso bíblico por correspondência, escondido da minha mãe.
Vou completar 17 anos. Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns, PE. Aula de escola bíblica dominical. Meu professor era o advogado Urbano Vitalino, meu avô. Tema: “As viagens de Paulo no livro dos Atos dos Apóstolos”. “Viajo” junto, empolgado.
E assim, aos poucos, a Bíblia foi chegando em minha vida. Do meu primeiro salário, dei o dízimo e comprei uma Bíblia. Meu primeiro sermão foi pregado no Dia da Bíblia, em 1963 (19 anos).
Hoje me alegro com o fato de que o Brasil é campeão em venda de Bíblias. Muito vendida, menos lida, pouco obedecida.
Estou em uma igreja (a Anglicana) que afirma a autoridade da Bíblia como Palavra de Deus!
Edward Robinson de Barros Cavalcanti é um teólogo, político e bispo da Igreja Anglicana do Cone Sul da América, comandando a diocese de Recife. Foi professor da Universidade Federal de Pernambuco e escreveu dez obras sobre religião. Em 1997 foi eleito bispo da diocese de Recife. Como bispo diocesano, ordenou 57 diáconos e 49 presbíteros. Nesses sete anos foram abertas 34 das presentes 44 comunidades da Diocese Anglicana do Recife.
O livro que ele escreveu chamado "A Utopia Possível" mudou minha vida!
ResponderExcluir:-)
Parabéns. Que Deus lhe abençoe sempre.
ResponderExcluirEsse dai estudou o catecismo direitinho viu?!?
ResponderExcluirSe tivesse estudado o catecismo veria as tais "modificações" dos 10 mandamentos é apenas uma forma catequética, para as crianças e os iniciantes na fé apredenrem os mandamentos a partir da visão da nova ecomonia que Jesus trouxe, ou que que ensine se a uma criança a guardar o sábado com um judeu faz e com os adventistas também fazem?
É só ler o catecismo e irão entender que após a simplificação do decálogo, ele é exposto e é feita as devidas explanações sobre o por que disso com base no novo testamento!
Não estudam e a culpa é sempre da Igreja católica!!
In Cord Jesu Semper,
Rafael Rodrigues
Vejam o por que a Igreja Católica mandou "Queimar" tais bíblias:
ResponderExcluirhttp://sadoutrina.wordpress.com/2010/06/14/sola-scriptura-adulterada/
Será que ela não tinha razão? Depois que li essa matéria ai que cito, acho que deveria continuar queimando até hoje!!
Rafael Rodrigues.
Impressionante!
ResponderExcluirAlguns eventos desse testemunho aconteceram muito parecido na minha vida! Até minha primeira Bíblia, que foi nove reais e o troco foi o dízimo. :D
www.nao-obrigado.blogspot.com
Louvado seja o Senhor! Que Deus venha te honrar e abençoar atrevés de Sua palavra Robinson!
ResponderExcluirE ainda vem uns camaradas dizer que a incendiária está certa Rssssss...
ResponderExcluirPor que ao simplificar os mandamentos para as crianças deixaram de fora o famoso " Não farás para ti imagens... ????"
Adulteram a palavra e ainda querem ter razão,,vou orar por vocês...
Não há em nenhuma parte da Biblia atos de revogação dos 10 Mandamentos, ao contrário são afirmados como um espelho do caráter de Deus. Se tem um dia específico de guarda o nome é Shabath, que significa Descanso, foi trocado na lingua saxonica dos antigos papas por Saturday(Dia de Saturno),assim como o domingo (dominus dei)que é o primeiro dia da semana, tido pelas demais denominações que concordam com a ICAR como Dia do Senhor, e não o Sábado de Exodo 20. A ICAR alterou por suas próprias intepretações os 10 mandamentos, é fato, pois se autodenomina "representante de Deus", usurpação do cargo do Espirito Santo, o Consolador. A história fez questão de registrar esse feito, com a Carta de Constantino no quarto século.
ResponderExcluirOs Advenstistas do 7 Dia como eu, guardam o Sábado como sinal de reconhecimento do senhorio de Deus em nossas vidas, não como um fardo como fez os judeus, mas por amor a Deus e a família. O Sábado é um memorial da criação e parte da Lei Eterna de Deus. O repouso, o culto "e fazer o bem" no Sábado me permite restaurar as energias e me preparar para a nova semana que começa. Está Escrito: Isaías 66:22-23 “Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome. E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” Certamente todos os irmãos que sinceramente praticam a vida cristã, independente do conhecimento sobre o Sábado estarão na sombra da Arvore da Vida em um dia de sábado ouvindo a Jesus pregar. Afinal a Salvação é individual, e ojulgamento é pela fé e conhecimento que se tem, e não julgamento de igrejas. A Paz a Todos!