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A revelação da minha realidade nos evangelhos!



Juliano Marcel

Ao ler os Evangelhos, e compreendendo-os, e discernindo-os, entendemos que eles são a transição e transcendência da nossa própria realidade. Um olhar mais apurado nos Evangelhos nos leva a enxergarmos a nós mesmos em seus encontros.

Sim. Afinal, se não fora assim, seria inútil suas descrições tão subjetivas, e todas as referências e atitudes de Jesus Cristo com todos e qualquer forma de encontros com a humanidade revelada e descrita nos evangelhos.

Vemos um Pedro impetuoso, uma Madalena endemoninhada, uma Marta auto-afirmativa, um Nicodemos mascarado, um Judas ladrão, uma prostituta consciente de si mesma, um Zaqueu trambiqueiro, um cego autopiedoso, enfim, são infinitas as descrições dos indivíduos revelados nos evangelhos, que fazem menção da minha própria realidade.

O que se faz necessário, é uma auto-consciência a cerca de si mesmo. De quem você é como indivíduo. Da sua natureza pecaminosa. Do seu estado natural de separabilidade e distanciamento de Deus devido ao pecado inferido nas entranhas de cada um. Afinal, somos pecadores desde o nosso nascimento.

Quando em Cristo somos esclarecidos acerca de nós mesmos, ganhamos a compreensão do que acima foi dito. Sim, discernimos a nós mesmos, de acordo com o que verdadeiramente somos: PECADORES!

E nesta consciência, olhamos os evangelhos, e nos vemos nos personagens relatados. Sim, vejo que já fui um Pedro, impetuoso, auto-afirmativo, impositivo, confiante da força bruta do meu próprio braço. Me percebo quão fragmentado fui como Madalena, vivendo uma vida partida, dicotomizada, onde não havia uma consciência própria, expressando várias personalidades, sob o controle da malignidade. Me discirno como Nicodemos, onde ainda que saiba a realidade e a verdade, mascaradamente proponho uma imagem positiva segundo a opinião do povo (Nicodemos sig.: imagem do povo), assumindo o significado do próprio nome, buscando certezas as escondidas na calada da noite, para que não caia em contradição naquilo que faço aos olhos de todos durante o dia debaixo do sol. Já carreguei a realidade de Judas, traidor, o impossível de entender e compreender a revelação da realidade, e subjugando aos outros para que consiga realizar aquilo que penso em mim mesmo ser o melhor como liberdade, sem me importar com as conseqüências. Já fui o Gadareno, o louco antes os olhos dos outros, o impossibilitado de discernir minhas próprias atitudes, o que carrega a transcendência do inconsciente coletivo de um grupo como sendo o referencial da loucura de todos.

Sim, quando se discerne O Evangelho, se compreende a sua própria exposição no mesmo.

Os evangelhos são a minha própria realidade. Os evangelhos são as expressões da minha própria natureza. São as revelações da minha interioridade.

Assim, quando se discerne a si mesmo em Cristo, se percebe subjetivamente nas expressões e encontros de todos os personagens descridos nos evangelhos.

O que me resta, é aceitar que mesmo me vendo, e me percebendo, e se discernindo como quem verdadeiramente sou mostrado e revelado nos evangelhos, é aceitar que sou aceito por Cristo, como Ele aceitou a todos nos evangelhos. E a mim mesmo, me aceitou na Sua Cruz.



***
Fonte: Um Caminho de Graça & Vida



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  1. O QUE É OBRA DE DEUS?

    “Disseram-lhes pois: Que faremos, para executarmos a “OBRA DE DEUS”? Jesus respondeu e desse-lhes: A obra de Deus é esta: Que “CREIAIS” naquele que me enviou” João 6:28 e 29.

    Vivemos um momento crucial para o cristianismo onde há correntes religiosas pregando e ensinando muita coisa que não tem qualquer fundamento Bíblico e muito menos lógico para o exercício de uma vida religiosa saudável. O cristianismo gira em torno da “OBRA DE DEUS”, e tudo que se faz ou se pensa é para a OBRA. O cristianismo gira em torno desta expressão, mas será que de fato ela está sendo observada conforme ensinam as Escrituras?

    O texto acima, nas palavras do próprio Jesus, é muito claro quando afirma imperativamente que a “OBRA DE DEUS” nada mais é do que “CRER” em Deus, nada mais. O povo estava buscando seguir a Jesus não pelos sinais que haviam presenciado, mas pelo pão que comeram e tiveram a fome saciada. Como hoje, as pessoas continuam correndo atrás de Deus por causa do que ele pode oferecer e não pelo que Ele é ou pelo seus feitos maravilhosos.

    É interessante que Jesus recomenda expressamente que o povo trabalhe, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna - João 6:27. Este texto nos remete a entendermos as contradições encontradas nas práticas religiosas de nossos dias, onde a ênfase é a prosperidade material aqui e agora. O povão está preocupado com o que irão comprar, o que irão comer, como se divertirão, como será o show do final de semana, qual o tamanho da casas que irão morar, onde passarão as próximas férias, que tamanho será a templo, quanto será arrecadado com o espetáculo, etc. A obra de Deus, que nas palavras do próprio Jesus, é uma ação espiritual, um ato de fé, pois crer é ter fé, hoje, diante da fraqueza e das distorções a que o Evangelho está sendo submetido, transformou-se em questões materiais, principalmente voltadas para as questões financeiras.

    Se fazer a “obra de Deus” é “CRER”, o que vier e o que fizermos hão de ser conseqüência de cumprirmos o que recomendam as Escrituras. O problema e que os cartolas da religião rotularam tudo como obra de Deus, sem conhecimento de causa e sem ao menos saberem o que isto significa. Mas o texto é enfático e não deixa margens para interpretações dúbias ou distorcidas. A palavra “CREIAIS” é objetiva, ela não tem duplo sentido, ou cremos ou não cremos, e assim, com a decisão que tomarmos, estaremos ou não fazendo a “OBRA DE DEUS”.

    Sempre foi exigido que tenhamos cuidado com a “OBRA DE DEUS”, pois a “OBRA DE DEUS” é considerada como uma lavoura. Sempre ouvi que temos que trabalhar mantendo-a limpa e bem cuidada. A lavoura exige muito cuidado durante todo tempo, até a colheita. Mas diante das palavras de Jesus, fica evidente que qualquer outra atividade é apenas conseqüência de nossa atitude em fazermos a OBRA crendo, portanto não precisamos “FAZER OBRAS” para alcançarmos a salvação, precisamos fazê-las em reconhecimento pelo que Cristo fez por nós.

    Continua...

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  2. Continuação...


    Hoje as igrejas eletrônicas e seus donos alardeiam aos quatro cantos que o dinheiro que arrecadam, se é que podemos afirmar isto, é todo usado na “OBRA DE DEUS”, o que é uma incoerência e um absurdo, além de ser uma baita heresia. Qualquer quantia em dinheiro será sim aplicada como resultado do cumprimento da “OBRA DE DEUS” por parte do homem, aceitando-o como Senhor de sua vida. Tudo que o novo homem fizer será em função de sua escolha, não serão obras com atividades relacionadas com a vida material que serão rotuladas como “OBRA DE DEUS”, pois ela é, por conseqüência do sacrifício de Cristo na cruz, uma questão especificamente espiritual. É por esta razão que a Bíblia diz que é pela graça e pela fé que somos salvos, e que as OBRAS, sejam quais forem, hão de ser conseqüência da manifestação do poder de Deus em nossa vida.

    Temos que ter cuidado de nós mesmos e da doutrina Bíblica quando ela diz: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; Persevera nestas coisas; Porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” - I Timóteo 4:16. Paulo exortou a Timóteo que os enganadores iriam aparecer e ele Timóteo, deveria estar atento: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” - II Timóteo 3:13. João também alertou a Igreja a respeito deles, chamando-os de anticristo, () “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo” - II João 1:7.

    Quantos hoje toleram o engano e o mundanismo nas igrejas, isto é, mistura com ensinos errados de homens que vivem decretando bênçãos, curas, prosperidades, profetizando mentiras. Nada mais é pecado, jogos, passaram a ser lazer e essa mistura de modo geral com o mundo não passa de prostituição religiosa conforme diz a Bíblia: “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” - Apocalipse 2:20. Hoje há muitos falsificadores da Palavra que pregam as suas mensagens e não a de Deus, e isso foi dito por Paulo: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; Antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” - II Coríntios 2:17. Tudo isto porque a “OBRA DE DEUS” não foi consolidada na vida destas pessoas com o genuíno CRER.

    O povo queria saber o que deveriam fazer, em termos materiais, para executarem a “obra de Deus”, mas Jesus cortou na raiz a possibilidade de se fazer alguma coisa com o título ou com o rótulo de “obra de Deus”, ela apenas afirmou que toda a obra se resumiria em “CRER” em Deus - João 6:27 e 28. Portanto, se você estiver realmente preocupado com a “OBRA DE DEUS, verifique se você “CRÊ EM DEUS”, se a reposta for positiva, as demais coisas serão resultado de sua fé e de sua decisão em acreditar que Deus é o Senhor de todas as coisas. Do contrario...


    Carlos Roberto Martins de Souza

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