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A oferta do bolso vazio



Rubinho Pirola



Tivemos um bom tempo de louvor hoje na nossa comunidade em Lisboa. Sem muita gente - o tempo cá ainda é de verão e de férias - sem muita, como diria... produção. Nada que pudesse nos auto-enganar com a ideia de um culto impossível de passar despercebido aos olhos de Deus.

Naqueles momentos, meditava no que estávamos a ofertar a Deus. Ou, o que é que eu podia chamar de "oferta", visto que nada posso acrescentar ao que já é tudo, que já possui todas as coisas?

Por alguns instantes, me lembrei das vezes em que sou tentado a achar que a minha performance, ou a minha atuação, pode enfim agradar ou sensibilizar a Deus, que é Aquele que distribuiu dons aos homens, galardoou com talento, com vozes e recursos infinitamente maiores que os meus... E a mente foi mais longe: como acrescentar ao que já é todo glorioso, alguma glória?

Refleti também sobre as vezes em que fui tomado por presunção, ou por vaidade de me achar possuidor de algo meu, ou conquistado pelo meu braço para por no altar.

Naqueles breves instantes, lembrei-me de um fato acontecido há anos, quando a minha mente foi transportada para a minha infância, na minha igrejinha, Presbiteriana, no interior de São Paulo. Na cena, estava eu, assentado ao lado do meu pai, na hora do culto em que passava por nós a salva para recolher as ofertas (que o meu irmão, mais novo e tremendo gozador, chamava, por sacanagem vez ou outra, a "gorgeta do pastor".

Eu, como toda criança de uns 4, 5 anos, tinha absolutamente nada nos bolsos, dinheiro ou bens. Foi ai, recordei-me num vivo flash-back, que o meu pai, vira-se para mim e põe na minha mão a oferta para a coleta.

Fui edificado por Deus justo ali, em Lisboa, nessa manhã de hoje, com a lembrança que a coisa é essa mesmo - continuo tendo nada, apesar de mais crescido, coisa alguma em mim mesmo para ofertar que não tenha sido antes, oferecido, ou posto na minha mão, por Ele mesmo por mais pura graça. E essa oferta chama-se Jesus!

O israelita fiel que cumpriu toda e penosa exigência da lei e ofertou-Se a Si mesmo a Deus e a mim, de maneira que Ele é, ao mesmo tempo, a oferta, representa o crente que oferta e o sacerdote que a recebe. Ele é o justo e o justificador em quem estou "escondido".

Nessa manhã, fui muito edificado e ganhei, justamente quando achava eu estar dando alguma coisa...

"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Rm 11:36


***
Rubinho Pirola é culpado de quase tudo de que o acusam aqui em Genizah
Testemunhos 8536366174417269126

Postar um comentário

  1. Rubinho,
    que o bom Deus nos permita, dia após dia, sentir como você se sentiu hoje: agradecido a Ele por nos ter dado tudo quando não merecíamos absolutamente nada além da condenação no inferno.
    Que nossos corações sejam quebrantados à obediência e servidão máxima ao nosso Senhor e Salvador, ainda que, agindo assim, sejamos servos inúteis, pois não fizemos nada além do que devíamos fazer (Lc 17.10).
    Cristo o abençoe!
    Abraços.

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  2. É isso ai, querido Jorge!

    Que Ele não deixe que pensemos mais de nós do que realmente somos - nada.
    Quanto mais somos, menos Ele é em nós. Quanto menos, mais Ele é.
    Por isso, graça é graça. Ou então, é pagamento por mérito.
    Abraços! E obrigado pelo seu comentário!
    E a Deus, toda glória.

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  3. JESUS se deu em holocausto por casa um de nós. Ele se ofertou.

    Ele é a oferta viva no altar. Tudo já foi feito. Como JESUS mesmo falou: Está consumado.

    "Estou ofertado". Assim se colocando como oferta na vida de cada um de nós, para que n'Ele crermos e termos a vida eterna.

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