Unção ou Dom?
http://genizah-virtual.blogspot.com/2009/07/uncao-ou-dom.html
A diferença entre o poder e a direção para sermos instrumentos de Deus.
Rubinho Pirola
O espírito do Senhor Deus está sobre nós, porque nos ungiu…
Há uma confusão instalada na nossa “santa” cultura evangélica, aquela sobre a distinção que há entre o que significa Dom e Unção.
Chamamos unção, toda dotação sobrenatural, sinalizada pela capacidade de realizarmos coisas fantásticas, tais como curar, evangelizar, pregar, geralmente causando emoção na platéia,… aquilo que chamamos também de… capacidade para realizar sinais e maravilhas. Um pregador com “unção”, é aquele que, por causar impacto sobre uma audiência, é aquele que deve ser um íntimo de Deus, que é dirigido por Ele e que tem uma vida impecável. Enfim, um super-homem.
Apesar de a Bíblia nos recomendar que vivamos uma vida cristã simples e cuja maior credencial seja o amor para com todos, parece mesmo que nos sentimos atraídos por essas coisas que se “sentem, vêm ou são manifestas exteriormente”.
Ser alguém cheio de “unção”, para muitos, é sinal inequívoco de estar-se “próximo de Deus”, de ter uma vida de acordo e conforme a vontade do Senhor. E por isso, há tanta decepção no nosso meio quando, vez por outra, alguma "estrela" nos decepciona.
Se olharmos atentamente para a Palavra de Deus, vamos verificar que "unção” tem a ver com a direção de Deus. Quando um ministro era ungido, esse ato, significava que esse estava debaixo de uma orientação divina e que, pela sua consagração, poderia ser ele um portador de bênçãos para o povo, conforme a unção – fosse para governar, para pastorear, etc… O problema com que não contamos na nossa “cultura evangélica”, é que a unção, podia e pode-se, como possibilidade terrível, ser perdida.
O Rei Saul, Salomão e tantos outros cujo exemplo encontramos na Bíblia, perderam a sua unção, quando decidiram seguir aos seus desígnios aos de Deus.
E o que foi que não perderam, quando desobedeceram e seguiram os seus apetites (animais, terrenos e demoníacos como descreve-nos Tiago)? O dom! Ou seja, tudo aquilo que não está em nós por natureza, que não depende de nós, nem é recompensa pelos nossos merecimentos. A salvação é um dom, a graça divina ídem (que é mais do que um benefício que nos isenta da morte – pena pelo pecado – mas que também nos educa, como diz Pedro, outro benefício da graça), a possibilidade de curar é dom, a manifestação do amor, apesar do nosso egoísmo e pecado ,sempre presentes em nós, é outro dom, a capacidade de sermos porta-vozes de Deus no compartilhar do evangelho, sendo que nos tornamos instrumentos Dele, ainda que imperfeitos, na salvação de pessoas é outro dom e muitos outros.
Mas há uma diferença entre uma coisa e outra – o Dom é irrevogável. Não se perde. Como não dependeu de nós o ganhar, mas em Deus no-lo atribuir, também não é dependente do objeto agraciado o perdê-lo. Em Romanos 11:29, lemos: “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”
Então, o que Saul perdeu? O dom ou a unção? A unção.
Ele continuou com o que havia ganho de Deus – o governo de Israel e com ele, foi até a morte. Saul continuou rei, mas já não agia conforme a unção (a direção) de Deus, fazendo todo o tipo de besteiras, com coroa e tudo. E assim foi com Salomão, rei de Israel, filho de David (e como tal, contando com o favor com que Deus tratara o seu pai), mas casando-se com as mulheres pagãs e com elas, cometendo desatinos, sem a direção do Senhor.
O pior que pode acontecer a um cristão, não é perdemos o dom, posto que nos é impossível fazê-lo. O pior é estarmos cheios da munição de Deus, cheio dos dons, capacidades e possibilidades, sem contudo, sermos dirigidos por Ele.
Assim, é possível usarmos esses dons para enganar, para ludibriar e para usá-los em benefício próprio, sem que Deus esteja nisso. Como um cego, bêbado, ou uma criança, com uma metralhadora automática nas mãos, num estádio de futebol. Por isso, Paulo recomendava a Timóteo: “não imponhas as mãos precipitadamente sobre ninguém” (1 Tm 5:22), para que ele soubesse e estivesse firme sobre a maturidade de quem receberia dons - se tinha um coração para administrar o seu uso conforme Deus, se os usaria com temor e sabedoria...
Em Romanos 1 (21-24), Paulo afirma que, pela dureza do coração dos homens, “Deus os entrega às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem-se entre si”, esta sim, constitui-se na pior coisa que podia acontecer a um ser humano. O pior, não é Deus pesar a Sua mão, mas retirá-la, deixando-nos à mercê de nós próprios, do nosso coração corrupto e corruptível. É possível alguém estar cheio de dons de Deus e estar com a vida para lá de estragada, do ponto de vista moral, ético e espiritual.
Já pensou nisso? Entre o dom e a unção, busque a unção. Busque a direção de Deus em oração, em consagração, com jejuns e com tempo para Deus e com Ele.
O dom, vindo a você, vem com a "garantia de fábrica" que será bem utilizado – para edificar, para abençoar, e não para beneficiar os interesses de quem o possui. E ai, estaremos mais aparelhados para frutificarmos tudo aquilo para o que Deus nos chamou.
Há uma confusão instalada na nossa “santa” cultura evangélica, aquela sobre a distinção que há entre o que significa Dom e Unção.
Chamamos unção, toda dotação sobrenatural, sinalizada pela capacidade de realizarmos coisas fantásticas, tais como curar, evangelizar, pregar, geralmente causando emoção na platéia,… aquilo que chamamos também de… capacidade para realizar sinais e maravilhas. Um pregador com “unção”, é aquele que, por causar impacto sobre uma audiência, é aquele que deve ser um íntimo de Deus, que é dirigido por Ele e que tem uma vida impecável. Enfim, um super-homem.
Apesar de a Bíblia nos recomendar que vivamos uma vida cristã simples e cuja maior credencial seja o amor para com todos, parece mesmo que nos sentimos atraídos por essas coisas que se “sentem, vêm ou são manifestas exteriormente”.
Ser alguém cheio de “unção”, para muitos, é sinal inequívoco de estar-se “próximo de Deus”, de ter uma vida de acordo e conforme a vontade do Senhor. E por isso, há tanta decepção no nosso meio quando, vez por outra, alguma "estrela" nos decepciona.
Se olharmos atentamente para a Palavra de Deus, vamos verificar que "unção” tem a ver com a direção de Deus. Quando um ministro era ungido, esse ato, significava que esse estava debaixo de uma orientação divina e que, pela sua consagração, poderia ser ele um portador de bênçãos para o povo, conforme a unção – fosse para governar, para pastorear, etc… O problema com que não contamos na nossa “cultura evangélica”, é que a unção, podia e pode-se, como possibilidade terrível, ser perdida.
O Rei Saul, Salomão e tantos outros cujo exemplo encontramos na Bíblia, perderam a sua unção, quando decidiram seguir aos seus desígnios aos de Deus.
E o que foi que não perderam, quando desobedeceram e seguiram os seus apetites (animais, terrenos e demoníacos como descreve-nos Tiago)? O dom! Ou seja, tudo aquilo que não está em nós por natureza, que não depende de nós, nem é recompensa pelos nossos merecimentos. A salvação é um dom, a graça divina ídem (que é mais do que um benefício que nos isenta da morte – pena pelo pecado – mas que também nos educa, como diz Pedro, outro benefício da graça), a possibilidade de curar é dom, a manifestação do amor, apesar do nosso egoísmo e pecado ,sempre presentes em nós, é outro dom, a capacidade de sermos porta-vozes de Deus no compartilhar do evangelho, sendo que nos tornamos instrumentos Dele, ainda que imperfeitos, na salvação de pessoas é outro dom e muitos outros.
Mas há uma diferença entre uma coisa e outra – o Dom é irrevogável. Não se perde. Como não dependeu de nós o ganhar, mas em Deus no-lo atribuir, também não é dependente do objeto agraciado o perdê-lo. Em Romanos 11:29, lemos: “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”
Então, o que Saul perdeu? O dom ou a unção? A unção.
Ele continuou com o que havia ganho de Deus – o governo de Israel e com ele, foi até a morte. Saul continuou rei, mas já não agia conforme a unção (a direção) de Deus, fazendo todo o tipo de besteiras, com coroa e tudo. E assim foi com Salomão, rei de Israel, filho de David (e como tal, contando com o favor com que Deus tratara o seu pai), mas casando-se com as mulheres pagãs e com elas, cometendo desatinos, sem a direção do Senhor.
O pior que pode acontecer a um cristão, não é perdemos o dom, posto que nos é impossível fazê-lo. O pior é estarmos cheios da munição de Deus, cheio dos dons, capacidades e possibilidades, sem contudo, sermos dirigidos por Ele.
Assim, é possível usarmos esses dons para enganar, para ludibriar e para usá-los em benefício próprio, sem que Deus esteja nisso. Como um cego, bêbado, ou uma criança, com uma metralhadora automática nas mãos, num estádio de futebol. Por isso, Paulo recomendava a Timóteo: “não imponhas as mãos precipitadamente sobre ninguém” (1 Tm 5:22), para que ele soubesse e estivesse firme sobre a maturidade de quem receberia dons - se tinha um coração para administrar o seu uso conforme Deus, se os usaria com temor e sabedoria...
Em Romanos 1 (21-24), Paulo afirma que, pela dureza do coração dos homens, “Deus os entrega às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem-se entre si”, esta sim, constitui-se na pior coisa que podia acontecer a um ser humano. O pior, não é Deus pesar a Sua mão, mas retirá-la, deixando-nos à mercê de nós próprios, do nosso coração corrupto e corruptível. É possível alguém estar cheio de dons de Deus e estar com a vida para lá de estragada, do ponto de vista moral, ético e espiritual.
Já pensou nisso? Entre o dom e a unção, busque a unção. Busque a direção de Deus em oração, em consagração, com jejuns e com tempo para Deus e com Ele.
O dom, vindo a você, vem com a "garantia de fábrica" que será bem utilizado – para edificar, para abençoar, e não para beneficiar os interesses de quem o possui. E ai, estaremos mais aparelhados para frutificarmos tudo aquilo para o que Deus nos chamou.
É verdade, hoje em dia ter unção virou sinônimo de "espetáculo",como se o "ungido" fosse apresentador de programa de auditório!
ResponderExcluirNo extremo oposto estão aqueles que acham que não precisam ter unção,sendo prioridade, apenas ter conteúdo teológico.A igreja ainda não aprendeu a ter um equilíbrio nas questões espirituais.
É isso ai, amigo Danilo!
ResponderExcluirO mesmo holofote que ilumina, também cega! Vemos tanta brilhantina e lantejoulas no estrelato evangélico tomando o lugar da luz da cruz, que nos mete nojo! E cá pra nós: "o povo gosta"!
Fiquemos atentos, mano. Os tempos são difíceis!
Concordo com o autor sobre a diferença entre dom e unção.
ResponderExcluirPoré, discordo da parte em que ele trata sobre a perca da unção e da diversidade de unções.
O autor confunde o ato de ungir do Antigo Testamento com a unção Cristã do Novo Testamento.
A unção para o Cristão é só uma, é a capacitação no Espírito Santo para com o Cristão após a sua conversão. É a inicialização do mesmo na vida Cristã dirigida pelo Espírito Santo (1 Jo 2:20-27).
Unção para o Cristão é só uma e acontece no ato de sua conversão. Não existe novas unções, muito menos perca de unção! Não existe base bíblica para afirmar o contrário.
Olá, Graça e Paz!
ResponderExcluirAchei muito interessante esse post,hoje é muito questionado esse fato de ser unção ou dom ,podemos ver sim a diferença entre os dois,foi muito bom ter colocado este texto, por que muitos confundem e espiritualizam tudo!!!
Deus te abençoe a cada dia!!!
Aproveitei este post com muito interesse, para na visita que prometi fazer ao seu blog, fazer um pequeno comentário, em especial, pois conheço o pastor Rubinho Pirola de Portugal, e o seu excelente trabalho. Bom post e bons desenhos!
ResponderExcluirDanilo, gostei especialmente da última parte da descrição de Genizah, logo no inicio do seu blog; o desejo de edificar a vida de outras pessoas, que, como sabemos é o desejo profundo do coração de Deus. Nunca mudou, nem mudará.
muitas bençãos para si
florbela nunes
Concordo com ele sobre o dom, mas o cristão precisa da unção de DEUS para dirigir o dom.
ResponderExcluirSem a unção eu faço do dom o que eu quiser; com a unção, DEUS faz do meu dom o que Ele quiser.
Infelizmente observamos os irmãos deixando de elevar a Glória a Deus(a Quem é devido) para glorificarem a sí mesmos.."Deus por amor criou o homem a sua imagem e semelhança o homem por arrogância procura reinventar Deus a sua própria imagem."Orai e vigiai estamos em tempo de observarmos os sinais...Graça e Paz irmãos.
ResponderExcluirDeise
Há muita confusão doutrinária no texto, apesar de entender o que o articulista quis dizer.
ResponderExcluirO texto de Tiago 3.15 refere-se a sabedoria de pessoas não regeneradas, guiadas pela carne, e em nenhum lugar da Bíblia diz-se que o amor é um dom (a não ser no título de 1 Co 13, que não faz parte do original), mas o amor é fruto do Espírito.
Esse texto pode levar alguns a acreditarem na falácia da 'doutrina do crente carnal'.
Como disse Calvino :querer separar justificação da santificação é como querer dividir Cristo em pedaços.
Uns são gente boa e buscam a Deus, afim de usar os dons para edificar o Corpo ! Outros são cara de pau e enchem o próprio bolso.
ResponderExcluirMuito interessante o seu blog! Já estou te seguindo. Também possuo um e gostaria que conhecesse, jorge-menteaberta.blogspot.com
ResponderExcluirA comparação absurda entre dois elementos distintos de religiões diferentes só podia dar nisso. No cristianismo não existe e nunca existiu esta propagada unção. Esta nunca foi uma prática recomendada fora das comunidades judaizantes. A carta de Paulo aos Gálatas é enfática em reprimir judaismos tipo Arcas da Aliança, menorás e muzuzás no culto cristão. Esse modismo tem deturpado profundamente o valor que devemos dar aos símbolos da nossa fé, além de ter criado a hierarquia entre cristãos; entre os ungidos e os não ungidos, como eu. Como arminiano ferrenho, acredito que o dom (carisma) possa ser retirado sim. Aliás, o dom nunca foi presença constante em nós. Nem mesmo o dom supremo, que é o amor, permanece conosco e nos guia em tudo o que fazemos.
ResponderExcluirps. Saul foi ungido pela vontade do povo, e não pela vontade de Deus.