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Para compreender o jejum



Por Will

Os ignorantes desprezam os detalhes mais importantes de qualquer coisa. Prefiro acreditar que prestam esse desfavor sem más intenções, entretanto, isso varia de ignorante para ignorante.Todo o relacionamento de Israel com o seu Deus (YHWH) está inserido num contexto. Na verdade como nação eleita por Deus, Israel tinha o dever de comunicar e compartilhar Deus com o mundo – esse é um detalhe facilmente esquecido e quase sempre não percebido pelos ignorantes-hipócritas-religiosos.

Das celebrações comemorativas (festas) à leitura da lei, todos os elementos da práxis judaica estão imersos no contexto da salvação do mundo a partir de Israel, portanto nenhum ordenamento de Deus aos hebreus é em si exclusivamente individual; mas passa pelo indivíduo – beneficiando-lhe -, tendo como alvo a nação (coletivo).Uma das práticas adotadas pelo cristianismo, extraída do judaísmo, é o jejum. Trata-se da abstenção de alimentos por um determinado período com o fim de demonstrar empatia ao outro (próximo).

Todo relato bíblico, principalmente o Antigo Testamento, retrata diversas situações em que os judeus valeram-se do jejum e em nenhum momento se vê o jejum sendo usado com o fim de favorecer exclusivamente o indivíduo. Famigerados relatos como o jejum de Moisés de 40 dias; o jejum de Daniel e até o jejum do judeu Jesus Cristo testificam o fato de que o jejum não é para o indivíduo, mas, em passando por ele beneficia-lhe, tendo como fim o benefício da coletividade. No caso de Moisés, o beneficiário foi o povo que recebeu a lei (Ex 24:18); no caso de Daniel, a nação em um estado periclitante (Dn 9) e por fim, quanto ao jejum de Jesus, este teve como beneficiário o mundo - alvo único do ministério de Cristo (Mt 4:2).

Embora não tenhamos muitos registros em que conste a igreja primitiva jejuando, ao que tudo indica esta entendeu o jejum e o desenvolveu de maneira nobre. Porém, com a instituição do clero e, por conseguinte, o desenvolvimento da doutrina católica, o jejum tornou-se numa forma penitencial de autoflagelação, a fim de obter perdão de pecados – e assim o jejum limitou-se ao indivíduo. Com a chegada do protestantismo o jejum tomou a cara de consagração – como se mesmo com a presença do Espírito Santo precisássemos ser consagrados a Deus de novo -, tornando-se num instrumento usado pelo crente para 'matar a carne'. Aos poucos, católicos e protestantes travestiram o jejum num elemento única e exclusivamente para o indivíduo, mas o cúmulo do absurdo concernente a individualização do jejum se dá com a instalação definitiva do movimento evangélico-pentecostal, pois a doutrina pentecostal ensina que devemos jejuar para obtermos bênçãos de Deus – sem mencionar o néo-pentecostalismo, onde se deve jejuar para obrigar Deus a dar riquezas, prosperidade e etc.

Existe uma regra hermenêutica que postula a interpretação bíblica levando-se em consideração o contexto – mediato e imediato -, mas lamentavelmente a idolatria do 'eu' já faz parte do espírito evangélico atual – ressalvando-se as exceções: há evangélicos no evangelho -, fazendo deste movimento tão pagão quanto o sistema Católico Romano. Cabe aos do evangelho retomar, urgentemente, a prática do jejum em favor da igreja, afinal ela sofre intensamente neste mundo, enquanto o evangelho se espalha sem cruz, ressurreição e graça.

Abençoar o outro através do jejum é uma benção da graça; experimente, jejue em favor de alguém.

Em Cristo, o Senhor da igreja,

Will

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Fonte: Will é Editor do blog Celebrai
Prática cristã 7620952452441015360

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  1. Eu aprendi a jejuar lendo Isaías 58, que fala sobre o jejum que agrada a DEUS, aprendi bem na época em que o Senhor JESUS me encontrou. Isaías 58 tirando a história de guardar o sábado.

    Isaías 58
    1 Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.

    2 Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus,

    3 Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho.

    4 Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.

    5 Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR?

    6 Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

    7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

    8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.

    9 Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniqüamente;

    10 E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

    11 E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.

    12 E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.

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