O Papa Desastrado
http://genizah-virtual.blogspot.com/2009/06/o-papa-desastrado.html
Ratzinger é um «Papa politicamente desastrado»
O teólogo brasileiro Leonardo Boff, ex-colega de Joseph Ratzinger, classifica Bento XVI como um Papa "politicamente desastrado" e um "pastor medíocre" pela forma como geriu as declarações de bispos católicos sobre o Holocausto.
"Este Papa é politicamente desastrado. Irritou todas as Igrejas saídas da Reforma negando-lhes o título de Igrejas. Entrou em conflito com os muçulmanos, e agora com os judeus e todo o povo alemão, a ponto de a primeira ministra Merkel ter que intervir junto ao Vaticano. Na verdade, ele pode ser um bom professor, mas é um pastor medíocre que não sabe suscitar direcção à Igreja e ânimo nos fiéis", refere Leonord Boff em entrevista escrita à Agência Lusa.
O fundador da Teologia da Libertação no Brasil, corrente de pensamento que envolve teologias cristãs de países do Terceiro Mundo, interpreta a suspensão da excomunhão dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, entre eles o inglês Richard Williamson, como um acto conservador de Ratzinger.
O bispo negacionista Richard Williamson integra um grupo de prelados que contesta o Concílio Vaticano II e as propostas de reconciliação entre católicos e judeus e, recentemente, em entrevista a uma televisão sueca, negou a existência do Holocausto durante a II Guerra Mundial.
Segundo Boff, "Bento XVI sempre olhou com simpatia o grupo de Lefebvre [Marcel, fundador da Irmandade em 1970], pois se move na mesma onda conservadora" e refere que "tais bispos são seus aliados naturais. Quando se apresentou a oportunidade, logo os indulgentou da excomunhão.
Leonardo Boff coloca em questão a escolha de Ratzinger para Papa: "Até hoje é um mistério, pois é uma figura de desunião, de polémica, quando a função de Papa é manter unido o corpo eclesial e animar a fé e a esperança dos cristãos. Ele faria bem a todos se aplicasse para si as leis canónicas, segundo as quais um bispo ou cardeal que ultrapassou 80 anos solicitasse afastamento voluntário de sua função".
Boff, de 71 anos, chegou a partilhar o mesmo pensamento teológico de Ratzinger, contudo, devido às suas teorias da Teologia da Libertação, em 1984, foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa da Fé, ex-Santo Ofício, no Vaticano, tendo sido afastado de todas as suas funções de magistério no campo religioso.
"Houve uma época em que apreciei muito a sua teologia, mas depois que foi feito cardeal e presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, [Ratzinger] mostrou suas raízes bávaras, de um cristianismo rústico e muito tradicional", afirma, referindo que o actual Papa foi seu inquisidor em 1984.
Nesta altura, refere Leonardo Loff, o Papa "puniu mais de 150 teólogos e cerceou a liberdade de pensamento na Igreja" e acrescenta que Ratzinger "vive cercado pelos grupos mais bajuladores que existem na Igreja, movimentos extremamente conservadores, tristes como se fossem ao próprio inteiro, mas cheios de dinheiro e de capacidade de manipulação do poder sagrado no interesse da mera manutenção institucional da Igreja e não de sua missão evangélica de serviço ao mundo, especialmente aos pobre e sofredores".
Segundo Boff, a hierarquia central da Igreja está "vastamente desmoralizada", pois sustenta teses "sem sentido de humanidade e de misericórdia" e citou posições que o Vaticano assumiu contra homossexuais, contraceptivos e relação ecuménica.
Defensor da causa dos Direitos Humanos, durante 22 anos, Boff leccionou Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudos e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa, Salamanca, Harvard, Basileia e Heidelberg.
O teólogo brasileiro Leonardo Boff, ex-colega de Joseph Ratzinger, classifica Bento XVI como um Papa "politicamente desastrado" e um "pastor medíocre" pela forma como geriu as declarações de bispos católicos sobre o Holocausto.
"Este Papa é politicamente desastrado. Irritou todas as Igrejas saídas da Reforma negando-lhes o título de Igrejas. Entrou em conflito com os muçulmanos, e agora com os judeus e todo o povo alemão, a ponto de a primeira ministra Merkel ter que intervir junto ao Vaticano. Na verdade, ele pode ser um bom professor, mas é um pastor medíocre que não sabe suscitar direcção à Igreja e ânimo nos fiéis", refere Leonord Boff em entrevista escrita à Agência Lusa.
O fundador da Teologia da Libertação no Brasil, corrente de pensamento que envolve teologias cristãs de países do Terceiro Mundo, interpreta a suspensão da excomunhão dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, entre eles o inglês Richard Williamson, como um acto conservador de Ratzinger.
O bispo negacionista Richard Williamson integra um grupo de prelados que contesta o Concílio Vaticano II e as propostas de reconciliação entre católicos e judeus e, recentemente, em entrevista a uma televisão sueca, negou a existência do Holocausto durante a II Guerra Mundial.
Segundo Boff, "Bento XVI sempre olhou com simpatia o grupo de Lefebvre [Marcel, fundador da Irmandade em 1970], pois se move na mesma onda conservadora" e refere que "tais bispos são seus aliados naturais. Quando se apresentou a oportunidade, logo os indulgentou da excomunhão.
Leonardo Boff coloca em questão a escolha de Ratzinger para Papa: "Até hoje é um mistério, pois é uma figura de desunião, de polémica, quando a função de Papa é manter unido o corpo eclesial e animar a fé e a esperança dos cristãos. Ele faria bem a todos se aplicasse para si as leis canónicas, segundo as quais um bispo ou cardeal que ultrapassou 80 anos solicitasse afastamento voluntário de sua função".
Boff, de 71 anos, chegou a partilhar o mesmo pensamento teológico de Ratzinger, contudo, devido às suas teorias da Teologia da Libertação, em 1984, foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa da Fé, ex-Santo Ofício, no Vaticano, tendo sido afastado de todas as suas funções de magistério no campo religioso.
"Houve uma época em que apreciei muito a sua teologia, mas depois que foi feito cardeal e presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, [Ratzinger] mostrou suas raízes bávaras, de um cristianismo rústico e muito tradicional", afirma, referindo que o actual Papa foi seu inquisidor em 1984.
Nesta altura, refere Leonardo Loff, o Papa "puniu mais de 150 teólogos e cerceou a liberdade de pensamento na Igreja" e acrescenta que Ratzinger "vive cercado pelos grupos mais bajuladores que existem na Igreja, movimentos extremamente conservadores, tristes como se fossem ao próprio inteiro, mas cheios de dinheiro e de capacidade de manipulação do poder sagrado no interesse da mera manutenção institucional da Igreja e não de sua missão evangélica de serviço ao mundo, especialmente aos pobre e sofredores".
Segundo Boff, a hierarquia central da Igreja está "vastamente desmoralizada", pois sustenta teses "sem sentido de humanidade e de misericórdia" e citou posições que o Vaticano assumiu contra homossexuais, contraceptivos e relação ecuménica.
Defensor da causa dos Direitos Humanos, durante 22 anos, Boff leccionou Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudos e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa, Salamanca, Harvard, Basileia e Heidelberg.
***
Não entendo por que existem grupos ou comunidades nacionais e internacionais que defendem a idéia de que o holocausto não ocorreu. Baseados em quê?
ResponderExcluir