Coerência sem precisar jurar...

Wolo

Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. Mateus 5:34-3

Se o último versículo deste pedacinho do Sermão do Monte, for examinado isoladamente podemos tirar a conclusão que o que Jesus quis dizer foi o seguinte:

- Se você disser Sim então que isso signifique Sim, Se disser Não, Não.

Isto, embora já seja um desafio enorme pra cada um de nós, ainda é menos do que ele realmente ensina aí.

Repare que a segunda palavra do versículo é PORÉM, indicando que ele está contrapondo seu ensino a algo que acaba de enunciar.

Lendo os versículos anteriores é claro que ele se refere a juramentos e os condena completamente.

Mas o que eram os juramentos? Compromissos assumidos publicamente de cumprir algo dito com palavras.

O ensino de Jesus vai então um pouco além:

- Sem jamais jurar, se você disser Sim, faça Sim; se disser Não, faça Não.

Tiago, tendo observado a coerência entre o falar e o agir na vida de seu irmão Jesus, resume assim sua avaliação:


Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Tiago 3:2
Houve um que não tropeçou em palavra: Jesus.

A todos nós outros cabe dizer, humildemente: - Sim, eu tropeço em palavra.

Que vai significar: - Sim, eu tropeço em palavra.

E buscar, na pessoa que Jesus Cristo enviou para nos guiar, o Espírito Santo, a coerência entre a palavra e a obra.

Em nome de Jesus, Amém.

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(*) Wolodymir Boruszewski (Wolô), Engenheiro Aeronáutico e presbítero da Comunidade de Jesus, São Paulo. Compositor de música cristã, com 4 trabalhos gravados (conheça aqui).