Para a Nossa Tristeza: A história da banda Exodos (autores da canção Galhos Secos) que foi expulsa da Igreja Batista
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- PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 13/04/2012
Conheça mais sobre a Banda Exodos, o grupo que compôs esta bela canção e foi excluído de uma igreja Batista em 1976 em um ato descabido de intolerância.
Marcas de um tempo de muito farisaismo e truculência tolhendo a expressão artística dos jovens dada em louvor. Uma era de ditadura dentro e fora da igreja e que, para a nossa alegria, ficou para trás.
Marcas de um tempo de muito farisaismo e truculência tolhendo a expressão artística dos jovens dada em louvor. Uma era de ditadura dentro e fora da igreja e que, para a nossa alegria, ficou para trás.
A seguir, a nesta matéria do Renascer Prime e do Arquivo Gospel:
Êxodos é o nome da primeira banda brasileira de rock evangélico que se
tem conhecimento. A banda iniciou sua formação em 1970 e a partir do ano
seguinte começou a se dedicar ao rock. Em seus 7 anos de existência não
chegou a gravar nenhum disco, mas agitou a mocidade da época, bem como
provocou polêmicas dentro e fora da igreja, vindo a ser até matéria de
reportagem da revista VEJA, por duas vezes. Uma das músicas da banda,
Galhos Secos gravada pelos grupos SOM MAIOR, CATEDRAL e RUTHS, é
conhecida até hoje.
O fim da banda aconteceu depois da pressão por parte de líderes da Igreja Batista, da qual faziam parte.
Em 2007 a banda lançou seu primeiro cd com treze canções de seu
repertório original, entre elas a música "Galhos Secos". Para adquirir,
entre em contato: e-mail: bandaexodos@terra.com.br
Na entrevista concedida ao Arquivo Gospel em 20/06/2005, os integrantes
Edson, Osvair e Osni falaram sobre a exclusão da igreja Batista, além
da forte repressão que o rock sofria dentro das Igrejas Evangélicas.
Como e quando se deu o início da banda Êxodos?
ÊXODOS: Tudo começou em 1970. Fazíamos parte do grupo de adolescentes
da Igreja Batista de Vila Bonilha em São Paulo SP quando nos
conhecemos. Com uma formação musical obtida à base de professores
particulares e muita intuição, iniciamos nossas apresentações na Escola
Dominical (cultos de estudo bíblico realizado nas manhãs de domingo).
Durante o momento do louvor entoávamos cânticos, chamados na época de
corinhos, utilizando apenas dois violões e partes de uma velha bateria.
Com o passar do tempo, os arranjos evoluíram para o rock que era o nosso
estilo favorito. O som foi melhorando em qualidade e nossas vidas foram
sendo lapidadas por Deus. Em 1971 passamos a compor músicas que eram
tocadas nos cultos regulares da igreja. Recebemos de alguns membros
incentivo moral e apoio financeiro; foi quando compramos uma aparelhagem
nova. Nosso novo estilo de música rock não tradicional num templo
evangélico, nossa maneira extravagante de se vestir e nossas letras que
protestavam contra as emoções passageiras como drogas, bebidas, amor
livre, e valorizavam uma nova vida em Cristo Jesus, foi contagiante e
atraiu muitas pessoas para os então concorridos cultos da igreja; na
maioria jovens não crentes que viam em nós algo diferente e descobriam
que Jesus não era careta. Logo surgiram convites para apresentações em
outros locais: igrejas de diversas denominações, acampamentos, festivais
de música evangélica e, em todos eles, para nossa alegria, jovens
tinham suas vidas transformadas; eram como flores brotando em galhos
secos. Percebemos então que algo sobrenatural estava acontecendo:
estávamos sendo usados por Deus. Colocamos nosso talento em suas mãos e
foi assim que começamos.
Como é que surgiu o nome da banda? Por que o nome Êxodos?
Sendo Jesus a razão do nosso viver, sentimos uma nova vida dentro de
cada um e logo no início passamos a nos apresentar como Conjunto Nova
Vida, mas certo dia, olhando para os jovens à nossa frente enquanto
tocávamos, percebemos que muitos buscavam essa nova vida, procuravam uma
nova terra prometida. Escravos do vício, prisioneiros do pecado,
estavam sendo libertos. Saindo como os hebreus do Egito eram vidas sendo
transformadas por Deus. Surgiu daí o nome da banda: Êxodos.
Quem era quem na banda?
Iniciamos com: Edson bateria, Eli Baixo, Nelson vocal, Osny guitarra
solo e Osvair violão e guitarra base. Em 1973, com a vinda do Lucas
calu para a banda, evoluímos tanto na qualidade de voz quanto nos
arranjos e daí surgiu a formação ideal e definitiva com quatro
integrantes: Edson bateria, Lucas violão, guitarra base e vocal, Osny
guitarra solo e vocal, Osvair baixo e vocal. O Lucas compôs algumas
canções, entretanto a maioria das nossas músicas foram compostas pelo
Osny e Osvair.
Como estão hoje os 4 integrantes da banda?
Atualmente estamos beirando os cinqüenta anos de idade e após o término
da banda em 1977, ficamos afastados da Igreja por um bom tempo, mas
continuamos firmes na fé. Continuamos convictos da importância de
exaltar Jesus Cristo através da música gospel e sempre que possível, nos
reunimos na casa do Osvair, montamos nossos instrumentos e fazemos um
culto de louvor com novos cânticos, mas não deixamos de cantar algumas
das canções da banda Êxodos que marcaram nossas vidas e a vida de muitos
jovens nos anos 70.
Quantas músicas cristãs vocês chegaram a compor? Ainda continuam compondo?
Não dá para saber ao certo. Foram mais de cinqüenta músicas que fizeram
parte do repertório da Banda Êxodos. O Osvair e o Osny não pararam de
compor. Vez ou outra quando nos reunimos surge um novo cântico nos mais
variados estilos. Agradeço a Deus por ter dado esse talento a eles.
Não houve nenhuma oportunidade de gravar um disco na época?
Estávamos prontos para gravar, mas o custo estava além de nosso alcance
e a igreja que freqüentávamos ficava na periferia de São Paulo e não
dispunha de recursos financeiros suficientes. Procuramos um estúdio ou
gravadora evangélica, mas acho que não havia, pois não conseguimos
encontrar. A mídia não divulgava a música evangélica como hoje em dia e,
infelizmente, forçados a parar com o conjunto, pouco ficou registrado.
Como vocês foram parar em duas reportagens da Revista VEJA daquela época?
A primeira reportagem, VEJA nº 273, de 28 de novembro de 1973,
refere-se à Semana de Oração, promovida pela Associação Cristã de Moços -
ACM de Pinheiros, em São Paulo, que reuniu em um ginásio de esportes,
católicos, batistas, presbiterianos, pentecostais e metodistas, para uma
confraternização ecumênica. Foram apresentados palestras, jograis,
debates e diversas outras atividades pelos representantes de cada
denominação. Nossa banda foi convidada pela ACM para se apresentar no
encerramento do evento e dirigir o louvor e, por esse motivo, fomos
citados na reportagem como participantes.A segunda reportagem, VEJA nº
428 de 17 de novembro de 1976, refere-se à nossa saída da Igreja. Na
ocasião, fomos procurados por uma repórter que disse ter visto uma de
nossas apresentações, mas não me lembro os detalhes ao certo. Após saber
do ocorrido, ficou interessada em nos entrevistar.
Vocês tocaram por 3 anos no templo da Igreja Batista de Vila Bonilha, em São Paulo. Como eram essas apresentações?
No domingo sempre demos prioridade à igreja. Nossas apresentações em
outros locais eram realizadas aos sábados. Na Escola Dominical
acompanhávamos a classe de jovens e adolescentes em suas apresentações. À
tarde fazíamos o culto ao ar livre em praças do bairro utilizando
apenas violões. Já os cultos da noite eram concorridos; muitas vezes
havia a necessidade de se fazer dois, tal era a quantidade de pessoas,
na maioria jovens que vinham na igreja para ver e participar de algo
diferente dos padrões evangélicos para a época. E quando retornavam no
outro domingo sempre traziam mais alguém com eles. Geralmente eram
tocadas quatro ou cinco músicas de nosso repertório e depois a gente
dirigia o louvor.
Vocês participaram de outras atividades e igrejas, além da Igreja Batista de Vila Bonilha?
Nosso conjunto participou por duas vezes do festival de músicas
evangélicas em Itajubá-MG. Na primeira vez em 1972 ganhamos com a música
Maravilhas que Cristo fez por mim e no ano seguinte ficamos em terceiro
lugar com a música Galhos Secos. Também participamos em um programa na
TV Gazeta, acampamentos, encontro ecumênico realizado na ACM, encontro
de jovens. Éramos convidados para tocar em Igrejas de diversas
denominações: Batista, Presbiteriana, Pentecostal, mas infelizmente o
Rock não era bem visto pelos conservadores da época que diziam: "O rock é
do diabo; se tocarem qualquer disco de rock ao contrário ouvirão
mensagens demoníacas".
No início a banda tocava, como vocês diziam, um "som maneiro" que agradava muita gente. Mas como era esse som?
Apesar de roqueiros convictos, sabíamos que esse estilo de música
dentro de um templo evangélico não era bem aceito na época e com certeza
provocava reações contrárias. Alguns membros davam total apoio, mas
infelizmente uma grande parcela se mostrava descontente. Mesmo vendo a
igreja lotada diziam: "vocês precisam maneirar". Preferiam o estilo
tradicional norte-americano. Permitiam apenas alguns corinhos lentos e
tocados dentro de uma certa rigidez formal, sem muita bateria, sem
gestos ou palmas, ou seja, sem liberdade de espírito. Para não fazer
frente à oposição e respeitando a hierarquia da igreja, tocamos por
muito tempo uma ou duas músicas mais agitadas, que era o polêmico
rock, e depois duas ou três um pouco mais lentas, com arranjos maneiros
"suaves".
Depois vocês evoluíram para um controvertido "rock pauleira".
Quais foram as novidades desse novo som do Êxodos? Houve influências
diretas da música de cantores e bandas não-evangélicas da época?
Durante os ensaios e sempre que convidados a nos apresentar em outros
locais, a banda tocava normalmente as músicas do repertório. Nosso
objetivo sempre foi o de louvar a Deus com o talento que ele nos deu,
sem a preocupação de evitar essa ou aquela música e com certeza o rock
pauleira que talvez para os dias de hoje nem fosse tanta pauleira assim,
já era tocado.
A evolução para o rock pauleira, conforme reportagem feita pela revista Veja em novembro de 1976, foi quando decidimos que em nossa igreja não iríamos mais maneirar. Era um momento de romper barreiras, quebrar preconceitos. Era um movimento do Espírito Santo que estava acontecendo. Começamos a nos perguntar: Será possível um dia adorar a Deus com liberdade de expressão? Porque os jovens crentes não podem louvar ao Senhor tocando rock evangélico? Era importante fazer alguma coisa e decidimos então tocar com sinceridade e do jeito que Deus colocou em nossos corações, pois temos que oferecer o melhor para ele, e não ficar presos à vontade de certas pessoas, costumes e tradições. Quanto às influências de bandas não-evangélicas, houve sim, pois o rock nacional contagiava muitos jovens com músicas de protesto, devido às restrições impostas pelo regime militar. Bandas como os Mutantes, o Terço, e o Made in Brazil, de excelente qualidade, trouxeram novas técnicas influenciando nossos arranjos. Era preciso estar atualizado e não havia referências no meio evangélico, mas sempre nos preocupamos em divergir desses três conhecidos luzeiros do rock nacional em razão de um compromisso com Deus.
A evolução para o rock pauleira, conforme reportagem feita pela revista Veja em novembro de 1976, foi quando decidimos que em nossa igreja não iríamos mais maneirar. Era um momento de romper barreiras, quebrar preconceitos. Era um movimento do Espírito Santo que estava acontecendo. Começamos a nos perguntar: Será possível um dia adorar a Deus com liberdade de expressão? Porque os jovens crentes não podem louvar ao Senhor tocando rock evangélico? Era importante fazer alguma coisa e decidimos então tocar com sinceridade e do jeito que Deus colocou em nossos corações, pois temos que oferecer o melhor para ele, e não ficar presos à vontade de certas pessoas, costumes e tradições. Quanto às influências de bandas não-evangélicas, houve sim, pois o rock nacional contagiava muitos jovens com músicas de protesto, devido às restrições impostas pelo regime militar. Bandas como os Mutantes, o Terço, e o Made in Brazil, de excelente qualidade, trouxeram novas técnicas influenciando nossos arranjos. Era preciso estar atualizado e não havia referências no meio evangélico, mas sempre nos preocupamos em divergir desses três conhecidos luzeiros do rock nacional em razão de um compromisso com Deus.
Como é que foi esse incidente com a vizinha da igreja que se
incomodou com o "rock pauleira" da banda e queria dar queixa à polícia?
O movimento contra nosso estilo de música na igreja era latente,
entretanto não havia para os conservadores razões que justificassem ou
impedissem nossa permanência, pois a igreja estava crescendo, os cultos
eram uma benção e o pastor Samuel de Andrade, nos dava total apoio.
Sempre soubemos respeitar os horários estabelecidos pelo DOPS
(Departamento de Ordem Política e Social) e até havia um bom
relacionamento com essa vizinha. Posteriormente, convencida por alguns
membros, a vizinha mudou de lado, passou a nos combater não importando
qual fosse a hora. Dizia que não suportava o estridente som do Êxodos. E
o incidente só não evoluiu para uma situação mais delicada porque o
pastor Andrade convenceu a vizinha a não apresentar queixa à polícia,
como ela ameaçava, argumentando tratar-se de um assunto interno de seu
templo e de sua inteira competência. Naquela época, a igreja tinha como
dever, promover a ordem dentro de princípios morais estabelecidos pelo
regime militar através do AI-5 (Ato Institucional do Ministério da
Justiça). Para os que faziam oposição ao pastor e ao nosso conjunto,
esse fato caiu como uma luva, agora tinham um motivo. Inflamados em uma
reunião diziam: fora com esses rebeldes, fora com o Êxodos !
Quer dizer que havia, também, membros na própria Igreja Batista de Vila Bonilha que queria o fim ou a saída da banda Êxodos?
Sim, alguns membros eram contrários ao nosso estilo de música e não
aprovavam a utilização de instrumentos musicais como guitarras e bateria
dentro do templo. Não era uma questão pessoal; apenas preferiam o
estilo tradicional e essa atitude talvez ainda ocorra em algumas igrejas
nos dias de hoje. Promoveram uma seção extraordinária e com a maioria
dos votos decidiram que deveríamos parar de tocar. Temos que saber
respeitar os diversos pontos de vista e prefiro não julgar se estavam
certos ou errados.
Houve outros incidentes semelhantes a esse da vizinha?
Bom, os demais incidentes se resumem ao nosso estilo de música, mas
aqueles que nos convidavam sabiam como era o som. Por vezes nos impediam
de tocar no templo, o que para nós não era surpresa. Sem problemas,
íamos lá pro salão da mocidade, pois o que importava era adorar em
espírito e em verdade. Graças a Deus, incidentes semelhantes ao da
vizinha não houve.
Como se deu a "exclusão" de vocês da igreja?
Apesar de ouvir tantas barbaridades, de muitas vezes ser impedidos de
tocar no templo e convidados a tocar no salão da mocidade, continuamos
firmes na certeza de que estávamos louvando a Deus e valorizando a nova
vida através da fé em Cristo Jesus. Porém ao sermos convidados a sair da
Igreja ("excluídos") em 1976, na época tínhamos entre 18 e 20 anos de
idade, entendemos que não adiantava insistir. Os ditos roqueiros não
eram vistos com bons olhos pelo governo e conseqüentemente pela igreja,
então resolvemos parar, fato esse registrado pela Revista Veja nº 428 de
17/11/1976 com o tema Rock proscrito: No porão, o ensaio do Êxodos: o
"rock pauleira" foi a perdição. Acho que aquela ainda não era uma época
apropriada para se tocar rock no meio evangélico.
Depois de "excluídos", por que vocês não conseguiram se firmar mais em outra igreja evangélica?
Para quatro jovens batistas, familiarizados com a doutrina, era difícil
aceitar outra. Durante nossas apresentações conhecemos diversas igrejas
de diversas denominações. As que nos deram maior apoio foram as igrejas
pentecostais, e a que aceitou por diversas vezes nosso som dentro de
seus templos, sem ressalvas, foi a Igreja Brasil para Cristo. Depois de
convidados a sair "excluídos", a tristeza bateu forte, demoramos a
aceitar o fato e ficamos profundamente decepcionados. Era uma época
difícil, protestos e passeatas geralmente feitas por jovens contra o
regime militar eram proibidas. A maioria dos jovens eram taxados de
rebeldes e talvez por isso ninguém apareceu para dar uma palavra de
conforto ou orientação. Não procuramos outra igreja por achar que
ninguém iria querer uma banda de rock. Ficamos parados, desanimados e
completamente perdidos. Esquecemos de dobrar nossos joelhos e orar. Hoje
sabemos que a atitude de um servo de Deus diante das dificuldades é
nunca desanimar, mas dobrar os joelhos e pedir ajuda em oração. Agir
conforme diz a letra de um cântico daquela época: Quem tem Jesus gosta
de cantar, está sempre sorrindo mesmo quando não dá, tropeça aqui ou cai
acolá, mas depressa levanta e começa a cantar.
Depois que vocês saíram da igreja, o que aconteceu com o pastor Samuel de Andrade? Por onde ele anda hoje em dia?
Posteriormente à nossa saída da Igreja o Pastor Samuel, que nos dava
total apoio, provavelmente ficou com problemas naquele lugar. Como eu
não estava mais freqüentando o local, apenas sei através de alguns
amigos que, poucos meses da nossa saída, ele também saiu da igreja,
deixou o ministério de pastor e atualmente está como membro em uma
Igreja Batista de São Paulo.
E hoje, vocês estão freqüentando alguma igreja?
Em 1984 comecei a freqüentar a Igreja Bíblica da Paz, ficando como
membro até 1991. Atualmente tenho participado apenas como visitante em
algumas igrejas de São Paulo. O Osvair está freqüentando a Igreja
Assembléia de Deus. O Osny tem visitado diversas igrejas juntamente
comigo e com o Osvair, mas ainda não se decidiu por uma delas. O Lucas
mudou para Santos e não está freqüentando nenhuma igreja.
A Igreja Batista de Vila Bonilha continuou seus cultos com a "casa cheia" depois que vocês saíram?
Pelo que pudemos saber, a igreja sofreu uma significativa redução na
quantidade de freqüentadores. Muitos de nossos amigos e irmãos em Cristo
estão hoje em outras igrejas.
Você disse que esteve visitando recentemente a Igreja Batista de Vila Bonilha. Como foi essa visita?
Foi durante uma tarde, apenas para ver como estava o lugar. Não fui ao
culto, apenas passei em frente, e acabei encontrando um irmão que era
membro da igreja na época da nossa banda. Ele disse que a igreja não tem
mais a quantidade de freqüentadores que havia naqueles tempos, muita
coisa mudou e que todos daquela época saíram.
Quem vocês conheciam no meio evangélico, dos anos 70, que tocava rock cristão?
Que tocava rock cristão, ninguém. E olha que viajamos por várias cidades no interior de São Paulo e até outros estados.
A canção Galhos Secos, conhecida até hoje, foi gravada pelo Som
Maior e o Catedral. Tem outras canções do Êxodos que foram gravadas por
outros cantores e grupos?
Gravadas não. Sempre tivemos a esperança de gravar primeiro antes de
outros cantores ou grupos, mas infelizmente não foi possível. Hoje
pensamos diferente; foram músicas dadas por Deus e consagradas para seu
louvor. Se houver interesse de algum grupo, é só entrar em contato que
iremos autorizar.
Deixem uma mensagem aos internautas do Arquivo Gospel:
Amado, você não vive pelas decisões de homens e preconceitos; você vive
pelos princípios da Palavra de Deus. Permita que o Espírito Santo encha
sua vida com sonhos que vêm do céu; faça aquilo que Deus colocar em seu
coração mesmo que para isso tenha de romper barreiras. Ofereça o melhor
para Ele, não fique preso à vontade de certas pessoas, costumes e
tradições. Expulse a incredulidade e dê espaço amplo para a fé agir na
sua vida. Consinta que o seu coração seja inundado com novos pensamentos
e desejos de consagrar-se com mais fervor ao Senhor, mesmo diante das
adversidades. Para tanto, você tem que conhecer bem a Bíblia, saber
expor a doutrina, e ficar firme diante dos vendavais constantes que nos
atingem. Há momentos que na vida perdemos alguma coisa e surge a
tristeza. Pessoas podem causar decepção ou aborrecimento, seja por falta
de vigilância ou pelos cuidados do mundo. É nessa hora que estamos à
mercê do inimigo, somos enlaçados e envolvidos. É preciso pedir ajuda.
Se não corrermos para o altar do Senhor, em busca de auxílio e solução
imediata para o problema, seremos vencidos e escravizados pelo pecado. A
indicação certa para a restauração de nossa vida está em Jesus.