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Mobilização na rede barra a pirataria do Som do Céu. Renascer recua.




REDAÇÃO GENIZAH


A notícia é triste. Revoltante. Um evento tão amado pela comunidade cristã – SOM DO CÉU da Mocidade Para Cristo – teve seu nome pilhado pela Renascer que o usou para nomear um evento comercial de música gospel.

São 29 anos de história deste evento maravilhoso. Não são 29 dias. Músicos de três gerações se lançaram no Som do Céu, encontro de irmãos na fé idealizado com amor para oferecer o melhor da música cristã e inspirar a juventude de Cristo. 

O Som do Céu é um projeto de um tempo muito anterior ao da mercantilização da música cristã e do próprio Evangelho. Quem já foi não esquece. Não é mais um showzinho gospel. O Som do Céu é um tempo separado para uma comunhão muito especial,  arrebatadora. Um tempo de viver esperança de um mundo transformado pelo Evangelho, um tempo de encontrar amigos mais chegados do que irmãos e ouvir juntos o melhor da arte musical cristã de cada geração. Um tempo de abraço! Coisa de gente de Deus, coisa de crente! De verdade!

A Mocidade Para Cristo está no Brasil há mais de 60 anos e não há protestante envolvido com a Obra que não tenha sido abençoado pela MPC.



Segundo apuramos, o novo evento gospel  foi organizado pela Renascer para uma turnê inicial em três cidades: Salvador (já realizado), São Paulo e Rio de Janeiro (marcados para novembro). Em nenhum momento ocorreu a ninguém daquela organização tomar qualquer providência em relação a autorizações de uso da marca. De fato, como informou o próprio diretor da Mocidade Para Cristo, o pastor Marcelo Gualberto, a MPC foi tomada de surpresa: 

Fui surpreendido com um telefonema na semana passada, de uma pessoa de Salvador querendo informação sobre o Som do Céu naquela cidade. Respondi que não havia e ela insistiu comigo até que, perplexo, constatei na internet, a realização de três eventos com o nome: Som do Céu nas cidades acima citadas. Entrei em contato com a organização dos eventos em São Paulo e afirmei que este é um evento realizado pela Mocidade para Cristo há 29 anos e que a marca e o nome Som do Céu são de propriedade da MPC do Brasil. No outro dia recebi uma ligação de um bispo da Renascer em Cristo, em nome do Apóstolo Estevam Hernandes, pedindo autorização para o uso da marca, afirmando que era um evento evangelístico. Respondi que não seria possível permitir tal uso, por dois motivos: o evento tem uma história, um estilo, um propósito e uma imagem, não nos interessando vincular a nossa imagem à este outro evento proposto e segundo porque trata-se de um evento com venda de ingressos com valores até 100,00, e não há cunho evangelístico.”, declarou o pastor Gualberto.

O Som do Céu genérico

A ética dúbia desta geração de crentes


Estamos vivendo um momento na igreja evangélica de difícil assimilação por quem tem mais tempo de caminhada cristã. Hoje a ética cristã está ao gosto do freguês. Cada líder decide e instrui o seu rebanho sobre o padrão ético a seguir e as Escrituras deixaram de ser a referência, a palavra final para esta geração. Não se respeita mais nada. “Crentes” baixando livros inteiros, músicas e partituras na internet ignorando, os direitos de propriedade dos autores. Roubam outros irmãos em Cristo como se normal fosse e há quem ainda diga: “De graça recebeste, de graça dai”, como se o esforço intelectual de outros, o suor do trabalho honesto,  pudesse se enquadrar na interpretação deste versículo bíblico. O que pensaria o verdureiro gospel se os seus clientes gospel pegassem o que bem quisessem de seu tabuleiro gospel sem pagar? Como qualquer ímpio, os evangélicos só pagam direitos autorais de quem tem força para exigi-los, mas quando se trata de outros crentes, ninguém pensa nos empregos e nas famílias de seus irmãos que tem nestes recursos o seu único sustento. E se agem assim com os irmãos, como agem com os outros?

Nós precisamos de bons livros, boas músicas, bom material de instrução. Precisamos de bons congressos, eventos musicais e cursos, para a capacitação em tantas áreas. Contudo, parece que o "gospel " de hoje não se importa de pagar pelos direitos de autores de filmes de Hollywood, ingressos de shows de Rock e lutas violentas, mas quando se trata de remunerar com justiça o trabalho dos seus irmãos dedicados a produzir conteúdo para abençoar a sua vida a mesquinharia toma conta da alma e surrupia-se o alimento da mesa do irmão, sem dó e nem piedade. 

O que esperar de uma geração que pensa que Deus está ai para servi-la? Tanto mais os irmãos! Enquanto isto, pagam bonitinho as ofertas e dízimos nas catedrais dos adoradores de mamom, com medo do gafanhoto arrasar a sua horta... 

Não somos mais o povo do comportamento irrepreensível? Foi se o tempo em que a Palavra valia e não havia crente que não se preocupasse com a advertência:

Se a vossa justiça não exceder em muito a dos zelosos, de modo nenhum terás parte no reino dos céus!” Mt 5:20

Um tempo em que todo e qualquer negócio e proceder do crente, em especial o público, era irretocável, até para que o nosso testemunho não trouxesse escândalo para o Evangelho...

Marcelo Gualberto, da MPC
Hoje, acabou. Nossa justiça é inferior a dos ímpios, ou como declarou o pastor Marcelo Gualberto ao Genizah:

"Acho um absurdo. Um falta de respeito com a história do evento e de tantos artistas que passaram por lá. Um história que foi construída com esforço, dedicação e zelo. O que a MPC Brasil espera é que as pessoas responsáveis pelo evento organizado pela Renascer entendam que a propriedade intelectual deve ser respeitada, e que eles não tem o direito de utilizar um nome que foi criado, cultivado e preservado pela Mocidade Para Cristo há quase 30 anos."

Durante todo o dia de ontem (08-11) as redes sociais foram atoladas com a manifestação de artistas, pastores e blogueiros. O assunto foi, inclusive, mencionado pelo pastor Ariovaldo Ramos em um intervalo entre as palestras do CMESP – evento da missão integral que está reunindo líderes do país inteiro em Araçatuba, interior de São Paulo. O pastor Ariovaldo  declarou o seu pesar diante deste tipo de procedimento na igreja, o que daria margem a se pensar se, de fato, tais pessoas agindo assim pertencem mesmo a comunidade cristã.

Músicos cristãos também se manifestaram veementemente. Carlinhos Veiga e Nelson Bomilcar puxaram o coro do desagravo:





Desde terça-feira Genizah apura os fatos desta matéria. Ouvimos músicos, advogados e estávamos prontos para publicar uma versão bem mais ácida desta reportagem, gaudéria mesmo, bem ao nosso estilo Genizah de ser. Vai... Pau de dar em doido! Risos. Contudo, por zelo em relação ao trabalho magnifico realizado pela MPC do Brasil nestes anos todos,   procuramos o Ap. Estevam Hernandes para ouvi-lo. Não apenas para apurar toda a história, mas em oração por uma solução que não criasse uma memória desagradável para uma história tão linda de dedicação ao Reino. 

Hernandes foi muito educado e receptivo. Ele nos informou que, de fato, indicou, inicialmente, um preposto para a conversa com a MPC e que desconhecia a dimensão total dos fatos. Declarou ainda que, tendo sabido que a MPC não havia autorizado o uso do nome Som do Céu, iniciou os procedimentos necessários para alterar o material promocional e marca de seu evento. Em um tweet enviado ao Genizah às 22:30h de ontem, Hernandes, informou que divulgaria uma nota pública reforçando a intenção da Renascer de reparar o erro e preservar os direitos da marca da MPC:





Ainda que tarde, e com grande prejuízo para a MPC, pois os eventos da Renascer receberam grande cobertura de imprensa, o assunto parece que será resolvido em paz, como deve ser. Perto da meia noite desta quinta-feira, Estevam Hernandes divulgou em seu twitter:




Prevaleceu o bom senso, o respeito e a paz. Melhor assim. Ficamos felizes e esperamos que o episódio sirva de lição para todos. 

Pirataria é crime. O crente deve ficar atento quanto ao uso indevido da propriedade intelectual de terceiros, respeitando o direito de seus irmãos na fé. Pedir autorização ao proprietário quando se quer usar a sua obra intelectual é indispensável e, somente a este cabe decidir se o uso é permitido, ou não. Pirataria é crime e PECADO.













 

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